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Explosão de cometa há 12 mil anos teria mudado a história da Terra

Poeira metálica encontrada no fundo do mar pode ser vestígio do impacto que teria provocado uma mudança abrupta no clima global

Por Ligia Moraes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 7 ago 2025, 10h00

Uma equipe internacional de cientistas encontrou partículas microscópicas de poeira espacial em camadas de sedimentos retiradas do fundo da Baía de Baffin, entre a Groenlândia e o Canadá. O material inclui pequenas esferas de ferro e sílica, fragmentos de vidro derretido e elementos como platina e irídio — todos compatíveis com a explosão de um cometa na atmosfera da Terra.

Esses vestígios estavam a mais de dois mil metros de profundidade, protegidos por metros de sedimentos, o que praticamente descarta qualquer contaminação recente. Os pesquisadores acreditam que eles tenham sido formados há cerca de 12.800 anos, exatamente na mesma época em que o planeta passou por uma brusca queda de temperatura.

Isso quer dizer que um cometa caiu na Terra?

A hipótese é que o cometa não chegou a atingir o solo, mas se desintegrou ao entrar na atmosfera, causando explosões de alta energia conhecidas como “airbursts”. Essas explosões teriam espalhado poeira e calor suficiente para derreter parte do solo e lançar partículas para longe — algumas delas caíram no oceano e ficaram preservadas até hoje.

Os cientistas analisaram a composição dessas micropartículas e descobriram que elas têm traços de materiais extraterrestres misturados com sedimentos da Terra. A maior parte do material é terrestre, mas até 2% pode ter vindo do cometa, o que já é suficiente para indicar a origem espacial do evento.

Por que isso é importante?

Essa explosão pode ter sido o gatilho para uma mudança climática radical que esfriou o planeta por mais de mil anos, um período conhecido como Younger Dryas. Até agora, essa hipótese era muito questionada, especialmente pela falta de evidências no fundo do mar. Mas os novos achados mostram que os sinais do impacto também estão nos oceanos, não só em solos ou geleiras.

Os autores do estudo agora pretendem agora buscar sinais semelhantes em outras partes do mundo para confirmar se esse evento foi mesmo global. Se for, pode ajudar a explicar uma das mudanças climáticas mais rápidas da história recente da Terra.

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