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EUA contribuem para preservar embarcação ligada à escravidão no Brasil

Governo americano doou valor para o Instituto AfrOrigens, entidade envolvida na conservação do brigue Camargo

Por Alessandro Giannini Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 10 dez 2024, 17h31 - Publicado em 10 dez 2024, 17h25

O governo dos Estados Unidos doou 295 mil dólares (aproximadamente 1,7 milhão de reais) para o Instituto AfrOrigens, entidade envolvida na conservação dos destroços do brigue Camargo, o último navio documentado a desembarcar africanos escravizados no Brasil em 1852. O anúncio foi feito nesta terça-feira, 10, por meio do Consulado-Geral dos EUA no Rio de Janeiro, no Museu da História e da Cultura Afro-Brasileira (Muhcab). O dinheiro é proveniente do Fundo dos Embaixadores dos EUA para Preservação Cultural (AFCP).

Leia mais: Os enigmas no porão do navio que marcou a escravidão no Brasil

A embarcação, naufragada no litoral de Angra dos Reis desde o ano de sua chegada, representa um marco sombrio na história brasileira. O investimento do governo americano permitirá a realização de um mapeamento 3D completo do sítio arqueológico subaquático, além da identificação, estudo e preservação das estruturas e artefatos encontrados.

A importância da iniciativa transcende a mera recuperação física do navio. O projeto visa também proteger a memória da comunidade quilombola local, Santa Rita do Bracuí, descendente direta dos africanos escravizados transportados por navios como o Camargo. A sinalização de pontos históricos na região, como o porto clandestino, o cemitério de escravizados e as estruturas da fazenda de recepção, será fundamental para a preservação da história local.

Comunidade

O envolvimento da comunidade quilombola é um dos pilares do projeto. Membros da comunidade foram contratados e receberão treinamento em arqueologia, mergulho, documentação e produção audiovisual, capacitando-os a transformar os resultados do trabalho em recursos sustentáveis. “Essa iniciativa consolida o papel do patrimônio como ferramenta de transformação social e reparação histórica, conectando o passado ao presente para inspirar futuros mais justos e inclusivos”, diz o presidente do AfrOrigens, Luis Felipe Santos.

O financiamento americano para a conservação do brigue Camargo sublinha a importância de se preservar a memória do passado, mesmo em seus momentos mais dolorosos. A iniciativa não apenas contribuirá para a compreensão da história do tráfico de escravos no Brasil, mas também fortalecerá a identidade da comunidade quilombola e promoverá a justiça social.

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