EUA aceleram retorno à Lua em 2026 em meio à disputa com a China
Missão Artemis II será o primeiro voo tripulado ao redor da Lua em mais de 50 anos e é vista como passo decisivo para garantir presença dos EUA no satélite
Os Estados Unidos querem voltar à Lua e não apenas por ambição científica. A avaliação foi feita por Sean Duffy, administrador interino da Nasa, que afirmou em entrevista ao Shawn Ryan Show que a corrida lunar ganhou caráter geopolítico diante do avanço do programa espacial chinês. Segundo ele, estabelecer presença no satélite antes de Pequim tornou-se uma prioridade estratégica para Washington.
A Artemis II, prevista oficialmente pela Nasa para abril de 2026, será o primeiro voo tripulado a orbitar a Lua desde a missão Apollo 17, em 1972. Duffy afirmou que a agência trabalha para antecipar o lançamento para fevereiro, mas esse cronograma ainda não foi confirmado. O voo, com duração estimada de dez dias e quatro astronautas a bordo, é tratado pela Nasa como etapa essencial para retomar operações humanas fora da órbita terrestre.
De acordo com a agência, a missão não prevê pouso. A nave Orion fará um sobrevoo ao redor da Lua e retornará à Terra, testando sistemas de suporte de vida, comunicação e segurança em condições reais. A agência classifica a Artemis II como o primeiro passo para estabelecer presença contínua no entorno e, posteriormente, na superfície lunar.
Por que a pressa dos EUA?
Segundo Duffy, “não interessa descobrir depois” as consequências de ceder terreno lunar à China. O administrador interino mencionou que o governo norte-americano vê risco de perder vantagem tecnológica e estratégica caso Pequim avance primeiro em bases lunares, exploração de recursos e infraestrutura espacial.
A Nasa também vincula o programa Artemis ao futuro da presença humana no espaço. A agência afirma que o projeto dará suporte à criação de instalações lunares e servirá como plataforma de teste para viagens a Marte.
A disputa também envolve o fim da Estação Espacial Internacional (ISS), previsto para 20230. Duffy afirmou que, paralelamente ao retorno à Lua, os EUA buscam alternativas para substituir a ISS, dando espaço para iniciativas privadas (como a SpaceX) desenvolverem estações comerciais.
Confira as 30 companhias ganhadoras da edição ‘Top 30 Melhores Empresas do Brasil’
‘Fiquei frustrado, mas mérito dele’, diz goleiro que levou gol do príncipe William no Maracanã
MapBiomas lança ferramenta inédita para monitorar a recuperação de áreas degradadas no Brasil
Em segundo dia no Rio, príncipe William visita Ilha de Paquetá
Ibovespa abre pregão em alta de 147 mil pontos renovando recorde intradiário







