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Estudo mostra como filmes de terror manipulam o cérebro para criar emoções

Uma das conclusões aponta que, ao consumir o gênero, o cérebro é capaz de ativar áreas da massa cefálica que só seriam usadas em situações de perigo real

Por Sabrina Brito 17 fev 2020, 18h26

Uma pesquisa publicada recentemente no periódico científico NeuroImage buscou observar como o cérebro humano reage a filmes de terror. Para entender o fenômeno, cientistas da Universidade de Turku, na Finlândia, capturaram imagens de ressonância magnética de 37 pessoas enquanto elas assistiam a longa-metragens do tipo.

Para selecionar quais filmes usar no estudo, a equipe finlandesa avaliou uma lista de 100 filmes populares de terror,  levado em conta quantos sustos eram proporcionados nos filmes e se os participantes já haviam assistido. Por fim, foram escolhidos os filmes Sobrenatural (2010) e Invocação do Mal (2016).

Para extrair os dados, o estudo se concentrou em dois tipos de medo: o de expectativa, quando se tem a impressão de mau presságio em um cenário assustador, e a resposta instintiva que se tem com uma aparição inesperada de um monstro ou outra ameaça (um susto).

Com esse foco, a equipe descobriu que, no primeiro caso, são acentuados os aumentos na atividade cerebral em termos de percepção visual e auditiva. Nos cenários de susto repentino, houve um aumento da atividade do cérebro nas porções que cuidam do processamento de emoções e na tomada de decisões. Em todos os casos, essas áreas são ativadas, sobretudo, em situações de perigo real.

Por fim, os pesquisadores também conseguiram alguns dados sobre a atratividade do gênero de terror. Precisamente, 72% dos voluntários relatou assistir a pelo menos um filme desse gênero a cada seis meses, comprovando a popularidade desse tipo de filme. Uma das conclusões dos cientistas foi de que, quanto mais assustador o espectador julgava ser a trama, mais provável era que lhe agradasse.

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Segundo os participantes do estudo, a sensação mais comum provocada pelos filmes é a de empolgação, seguida por medo e ansiedade. Além disso, os longas de terror psicológico (ou seja, que costumam utilizar a instabilidade mental de personagens para mover a trama) foram considerados os mais assustadores e envolventes.

 

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