Emirados Árabes vão construir cidade que simula colônia em Marte
O projeto milionário utilizará tecnologia de ponta para colocar casas no meio do deserto, a fim de reproduzir as condições do planeta vermelho
Os Emirados Árabes Unidos acabam de lançar um projeto ambicioso: construir uma cidade futurística de 177 quilômetros quadrados no meio do deserto. O objetivo é reproduzir com a maior precisão possível as condições de Marte, a fim de estabelecer uma colônia no planeta até 2117. O anúncio do projeto, que já foi calculado em 136 milhões de dólares (432 milhões de reais), foi feito pelo governo do país e pela agência espacial nacional, Mohammed Bin Rashid Space Centre (MBRSC, na sigla em inglês), no início da semana.
A Cidade Científica de Marte, como foi batizada a futura construção, será composta de uma série de cúpulas contendo laboratórios para manejo de água, comida e energia. Segundo os governantes, também haverá um museu dedicado às maiores conquistas espaciais da humanidade – tudo isso feito com paredes impressas em 3D a partir da areia do deserto. Em sua conta no Twitter, o primeiro ministro do país, Sheikh Mohammed bin Rashid, chamou a cidade do futuro de “um extraordinário projeto nacional”.
Há, no entanto, algumas limitações. Os cientistas não precisariam se preocupar com o abastecimento de oxigênio, por exemplo, e os futuros moradores do local não seriam submetidos a uma intensa radiação como na superfície de Marte, uma vez que a Terra, ao contrário do planeja vermelho, possui um campo magnético capaz de proteger contra os raios ultravioletas.
Além disso, a gravidade na superfície de Marte é apenas 38% da gravidade na Terra e, em média, as temperaturas do nosso planeta vizinho são muito mais baixas. Sabendo disso, os responsáveis pelo projeto afirmam que os laboratórios da cidade futurística tentarão simular o ambiente marciano dentro de uma realidade possível de ser atingida aqui na Terra, utilizando calor e isolamento de radiação.
Os cientistas planejam, ainda, enviar uma equipe para viver na cidade por um ano, desenvolvendo estratégias que poderiam ser utilizadas para sobreviver um longo período no ambiente hostil de Marte.