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Egito inaugura maior museu do mundo sobre o passado faraônico em 3 de julho

Com vista para as pirâmides, Grand Egyptian Museum terá acervo de 100 mil peças, incluindo coleção completa de Tutancâmon, Ramsés II e artefatos religiosos

Por Ligia Moraes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 8 abr 2025, 16h43

Após mais de duas décadas desde o anúncio do projeto, o Grand Egyptian Museum finalmente tem data marcada para sua inauguração oficial: 3 de julho de 2025. Localizado a poucos metros das pirâmides de Gizé, o museu será o maior do mundo dedicado a uma única civilização — a egípcia — e promete reunir mais de 100 mil artefatos, incluindo a coleção completa do faraó Tutancâmon, apresentada pela primeira vez em uma única exposição.

Projetado para ocupar uma área de 81 mil metros quadrados em um terreno de 50 hectares, o museu será duas vezes maior que o Louvre, em Paris, e duas vezes e meia maior que o British Museum, em Londres. A ideia é ambiciosa: transformar o museu em um novo cartão-postal do Egito moderno, sem deixar de homenagear as riquezas do passado. Na entrada, uma estátua de 11 metros de Ramsés II recepciona os visitantes, que sobem uma escadaria monumental ladeada por esculturas de deuses, reis e sarcófagos até chegar a um mirante com vista para as pirâmides.

Integrado à paisagem histórica de Gizé, o novo museu egípcio oferece vista direta para as pirâmides e reúne mais de 100 mil artefatos antigos
Integrado à paisagem histórica de Gizé, o novo museu egípcio oferece vista direta para as pirâmides e reúne mais de 100 mil artefatos antigos (Grand Egyptian Museum/Reprodução)

O que o visitante vai encontrar no novo museu?

Além do impacto arquitetônico e da proximidade simbólica com os monumentos antigos, o acervo é um espetáculo à parte. Entre os destaques estão peças da rainha Heteferés, artefatos funerários, estátuas religiosas e objetos do cotidiano do Egito faraônico — como potes de cerâmica, instrumentos de maquiagem, brinquedos e jogos. A exposição de Tutancâmon incluirá mais de 5.600 itens, como o famoso máscara de ouro, o trono, os brinquedos reais e seu escudo cerimonial.

O museu também oferecerá experiências tecnológicas e educativas, como realidade virtual, mostras interativas e acesso a laboratórios de conservação onde visitantes poderão observar, por exemplo, o processo de restauração de uma barca solar de 44 metros de comprimento. Parte da estrutura já está aberta desde 2024, com doze galerias e cerca de 15 mil objetos em exibição.

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Escadaria monumental do Grand Egyptian Museum, ladeada por estátuas de faraós e deuses do antigo Egito, leva ao mirante com vista para as pirâmides.
Escadaria monumental do Grand Egyptian Museum, ladeada por estátuas de faraós e deuses do antigo Egito, leva ao mirante com vista para as pirâmides. (Grand Egyptian Museum/Reprodução)

Uma vitrine para o turismo e a diplomacia cultural

A expectativa é de que a estrutura receba de cinco a sete milhões de visitantes por ano, impulsionando o turismo e consolidando o Egito como um dos principais polos de arqueologia do mundo. A abertura contará com eventos em vários pontos do país e a presença de líderes internacionais. A iniciativa tem também um peso político: o presidente Abdel Fattah al-Sisi destacou que o museu será o maior do mundo voltado para uma única civilização e um símbolo do potencial histórico e turístico do país.

Com financiamento de cerca de US$ 1 bilhão, incluindo empréstimos japoneses, o complexo será administrado com apoio das Forças Armadas Egípcias e já foi premiado pela UNESCO por sua arquitetura. Mas o debate sobre patrimônio não termina com a inauguração. Pesquisadores defendem que o momento sirva para pressionar pela devolução de peças arqueológicas e de arquivos e que foram levados para fora do país, como os documentos de escavação de Howard Carter, que descobriu a tumba de Tutancâmon e cujos registros ainda estão no Reino Unido.

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