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Astrônomos encontram seis planetas “perdidos” na Via Láctea; entenda

Telescópio James Webb detectou os corpos em um nebulosa próxima, desconectados de estrelas

Por Luiz Paulo Souza Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 28 ago 2024, 12h00

Planetas geralmente são encontrados nas órbitas de estrelas, corpos muito massivos capazes de gerar energia por si só. Uma descoberta feita utilizando o Telescópio Espacial James Webb, no entanto, desafia esse conhecimento. Em uma nebulosa próxima, a cerca de mil anos-luz de distância, astrônomos encontraram seis corpos de massa planetária vagando sozinhos

Esses supostos planetas são algo entre 5 e 10 vezes maiores que Júpiter, com tamanho semelhante ao de outros exoplanetas gigantes já observados e foram descobertos utilizando instrumentos de infravermelho em uma análise profunda da nebulosa NGC1333, localizada na constelação Perseus. 

Como os planetas são formados?

Plantes costumam ser formados a partir dos discos de gás remanescentes de uma estrela recém-nascida, o que faz com que eles já nasçam acoplados a esses sistemas. O que o achado do James Webb sugere, no entanto, é que eles também podem nascer de maneira independente, como as próprias estrelas. “Nossas observações confirmam que a natureza produz objetos de massa planetária de pelo menos duas maneiras diferentes”, diz Ray Jayawardhana, astrofísico da Universidade John Hopkins e autor do artigo que será publicado no The Astronomical Journal

Estrelas nascem a partir de nuvens de gás e poeira que se condensam até dar origem a corpos com massa suficiente para gerar energia por meio de fusão de átomos de hidrogênio. Contudo, o estudo indica que esse mesmo processo também pode levar ao nascimento de planetas gigantes.

E não para por aí. Um dos planetas encontrados contava com um disco de poeira, semelhante ao de estrelas, o que indica que, no futuro, ele pode dar origem a um pequeno sistema, com luas ou mini planetas. “Esses pequenos objetos com massas comparáveis ​​às de planetas gigantes podem ser capazes de formar seus próprios planetas”, diz o coautor Alexander Scholz, astrofísico da Universidade de St Andrews. 

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A ideia da pesquisa ao investigar a nebulosa era justamente entender qual o menor objeto possível que pode se formar por meio do mesmo processo que dá origem às estrelas. “A diversidade de sistemas que a natureza produziu é notável e nos leva a refinar nossos modelos de formação de estrelas e planetas”, afirma Jayawardhana. 

Agora, os pesquisadores querem continuar estudando esses objetos para entender melhor como eles vão evoluir, como são suas atmosferas e quão semelhantes eles são às anãs marrons, corpos intermediários entre planetas supermassivos e estrelas.

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