Além do lobo-terrível, saiba quais outras espécies extintas podem voltar à vida
A startup americana Colossal Laboratories & Biosciences está envolvida em projetos de desextinção

A Colossal Laboratories & Biosciences está envolvida em projetos de desextinção de várias espécies que não estão mais entre nós há tempos. Esses projetos são parte do esforço da startup para restaurar ecossistemas e combater os impactos das mudanças climáticas, além de preservar a biodiversidade global. No entanto, eles também levantam questões éticas e ecológicas sobre os efeitos da reintrodução dessas espécies nos ambientes atuais.
A paleogeneticista Beth Shapiro, que trabalha na Colossal como diretora científica, diz que espécies extintas não têm volta. “Em contrapartida, todo organismo é mais do que apenas seu DNA”, disse ela em uma entrevista a VEJA. Portanto, simplesmente copiá-lo não significaria muita coisa. Caso contrário, gêmeos idênticos seriam pessoas intercambiáveis. Mas não são, porque vivem experiências únicas ao longo de suas vidas e são afetados por elas de modos diferentes.
Da mesma maneira, trazer de volta um mamute lanoso ou um dodô não significa replicar o mesmo animal, mas um híbrido de um elefante ou uma ave adaptados às condições climáticas de hoje. “Sem o hábitat, os mamutes, que já se foram há milhares de anos, seriam apenas elefantes asiáticos adaptados ao Ártico”, compara a pesquisadora.
Atualmente, os principais animais que a empresa busca trazer de volta incluem:
– Mamute-lanoso: A Colossal tem como objetivo ressuscitar o mamute-lanoso até 2028. A empresa já realizou avanços significativos, incluindo a criação de camundongos geneticamente modificados com características semelhantes às dos mamutes, como pelagem longa e metabolismo acelerado.

– Tigre-da-Tasmânia: Extinto na década de 1930, o tilacino é outro foco da Colossal. A empresa está trabalhando para reconstruir seu genoma e explorar formas de recriá-lo.

– Dodô: O famoso pássaro dodô, extinto no século XVII, também está na lista de espécies que a empresa pretende trazer de volta por meio da reconstrução genética.

– Lobo-terrível: A empresa anunciou recentemente a desextinção do lobo-terrível, uma espécie extinta há cerca de 10 mil anos. Três filhotes, chamados Rômulo, Remo e Khaleesi, foram recriados usando DNA antigo extraído de fósseis e técnicas avançadas de edição genética como CRISPR.
