Retirada de escombros em SP pode durar mais dez dias
No sexto dia de buscas, bombeiros encontraram restos mortais que acreditam pertencer à vítima já confirmada, Ricardo Pinheiro
As equipes de busca trabalham pelo sexto dia seguido neste domingo à procura de vítimas do desabamento do edifício Wilton Paes de Almeida, que pegou fogo e ruiu na madrugada da última terça no Centro de São Paulo. De acordo com o Corpo de Bombeiros, o trabalho de remoção dos escombros no local pode durar mais dez dias.
Depois da retirada na sexta-feira do corpo da primeira vítima confirmada da tragédia, Ricardo Oliveira Galvão Pinheiro, as equipes seguem em busca de cinco desaparecidos: uma mãe com dois filhos gêmeos e um casal. No momento, 49 bombeiros participam das operações.
O tenente Guilherme Derrite, porta-voz do Corpo de Bombeiros, explica que estão sendo utilizadas duas retroescavadeiras e uma escavadeira com uma espécie de gancho na ponta, chamada de mordedor hidráulico, que auxilia na movimentação do concreto para retirada de ferros retorcidos. Oito caminhões retiram os escombros do local.
São duas frentes de atuação no resgate: uma equipe faz buscas nas estruturas colapsadas e outra trabalha no rescaldo e resfriamento da estrutura. Derrite destacou que a todo momento o trabalho das máquinas é acompanhado pela equipe de resgate e, caso seja identificado alguma evidência dos desaparecidos, é iniciada a busca manual. “A linha mestra é o resfriamento, ele tem que ocorrer”, afirmou o tenente.
Restos mortais encontrados
Na tarde deste domingo, as equipes encontraram no local partes de um rosto, incluindo a arcada dentária. Os bombeiros acreditam que os restos mortais sejam de Ricardo, já que foram localizados perto de onde estava o corpo e junto a uma corda rompida, como a utilizada pela vítima na tentativa de resgate. “O material foi coletado e o Instituto Médico Legal (IML) realizará um exame para confirmar”, disse Derrite.
(Com Estadão Conteúdo e Agência Brasil)