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Quem são os “agentes anticomunistas” da Universidade de Brasília

Conhecida pela resistência à ditadura, UnB lida com a influência de grupos conservadores que denunciam uma suposta doutrinação de esquerda

Por Ricardo Chapola
Atualizado em 19 abr 2025, 19h33 - Publicado em 19 abr 2025, 19h31

Desde o ano passado, os embates ideológicos na Universidade de Brasília (UnB) estão mais intensos e frequentes. Eles ganharam tração depois que um aluno do curso de História, Wilker Leão de Sá, viralizou nas redes sociais por gravar as aulas na tentativa de mostrar que os professores tentam doutrinar os alunos a seguir a cartilha de esquerda.

A ação do estudante gerou uma onda de protestos de professores e alunos, que acusaram Sá de fazer gravações sem autorização, editar falas para tirá-las de contexto e até incitar o ódio contra integrantes da comunidade acadêmica. As queixas resultaram em punições. Primeiro, a UnB proibiu Sá de acompanhar duas disciplinas por 60 dias, sob o argumento de que ele estaria atrapalhando o andamento das aulas.

Vencido o prazo, o aluno fez questão de gravar seu retorno ao campus no momento em que colegas de esquerda se manifestavam contra sua volta às aulas, com a presença da reitora da UnB, Rozana Naves. Sá foi expulso do ato em meio a empurra-empurra e gritos de “recua fascista”. No fim de março, a universidade decidiu suspender novamente o estudante por 60 dias, proibindo-o de frequentar as dependências da instituição. Nas redes sociais, Sá tem criticado a decisão e afirmado que seu objetivo é “unificar a direita”, sobretudo onde ele estuda.

Fator Bolsonaro

Com histórico de resistência à ditadura e associada ao campo progressita, a UnB também lida com um grupo de cerca de 100 estudantes que participam de um outro movimento conservador: o “Make UnB Free Again” – “Vamos fazer a UnB livre de novo”, em tradução livre.  Foi criado no início do ano, tem como inspiração o lema utilizado pelo presidente dos EUA, Donald Trump, e prega apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

Em 2025, o “Make UnB Free Again” realizou ações pelo campus. Em uma delas, os membros do grupo retiraram das paredes dos prédios símbolos que, para eles, faziam referência ao comunismo. Também se mobilizaram para colar cartazes em prol da anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro.

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