PM agiu para manter ‘integridade física’ dos manifestantes, diz Doria
O governador de São Paulo defendeu a realização de atos, mas criticou "violência nas ruas"
O governador de São Paulo, João Doria, usou suas redes sociais na noite deste domingo, 31, para defender a ação da Polícia Militar durante o ato que ocorreu na Avenida Paulista, com gritos pela democracia, contra ditadura e o fascismo. A manifestação foi fortemente ligada a torcidas organizadas de futebol, especialmente do Corinthians, e trazia centenas de adeptos vestindo roupas pretas.
Houve confronto com a PM, que jogou bombas de gás e de efeito moral contra os participantes do ato no ponto próximo ao Museu de Arte de São Paulo (Masp). Os manifestantes responderam atirando pedras, paus, latas e garrafas, além de colocar fogo em objetos – uma caçamba de lixo foi usada para bloquear a via. Ao menos três pessoas foram detidas. Simultaneamente, ocupavam a avenida manifestantes que defendiam o governo de Jair Bolsonaro.
Sobre o caso, Doria afirmou que a “Policia Militar de São Paulo agiu hoje para manter a integridade física dos manifestantes, na Avenida Paulista. Dos dois lados. A presença da PM evitou o confronto e as prováveis vítimas deste embate. Todos têm direito de se manifestar, mas ninguém tem direito de agredir”, escreveu.
O político também defendeu o direito a manifestações.”No processo democrático, manifestações devem ser respeitadas. Mas posições contrárias não podem ser expressadas com violência nas ruas. O Brasil precisa de paz, diálogo e respeito às instituições, para preservar sua democracia”
Sobre as manifestações, o presidente Jair Bolsonaro limitou-se a publicar duas imagens sobre as manifestações, além de repostar um tuíte do presidente americano Donald Trump no qual classifica grupos antifascistas como terroristas.