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PF prende traficante Fuminho, financiador de planos de fuga de Marcola

Foragido desde 1998, o comparsa do líder do PCC foi detido em Moçambique

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 14 abr 2020, 11h18 - Publicado em 13 abr 2020, 14h34

A Polícia Federal prendeu nesta segunda-feira, 13, na cidade de Maputo, em Moçambique, o narcotraficante Gilberto Aparecido dos Santos. Conhecido como Fuminho, ele é um dos maiores produtores de drogas da América do Sul e um importante fornecedor de entorpecentes para o Primeiro Comando da Capital (PCC). Fuminho é um antigo conhecido das autoridades brasileiras – ele fugiu do complexo do Carandiru em 1998 e desde então nunca mais havia sido capturado – e voltou a ter os passos monitorados de perto desde que seu nome apareceu em bilhetes interceptados dentro do presídio de Presidente Venceslau, no oeste do estado de São Paulo. Nos recados, integrantes do PCC apontavam Fuminho como o braço financeiro de uma operação de fuga de Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, principal líder da facção.

Desde que o chefão do PCC cumpria pena na P2, como é conhecida a ala da cadeia em Presidente Venceslau que o abrigava, planos de fuga são monitorados pelo serviço de inteligência que atua dentro dos presídios. Foi um primeiro bilhete idealizando o resgate de Marcola que motivou a transferência do líder da facção para o presídio federal de Rondônia, no início de 2019. Uma segunda comunicação alertou investigadores de que o Número Um do PCC, atualmente no presídio de segurança máxima de Brasília, também fez referência a Fuminho como o financiador de uma nova fuga. Segundo investigadores, ele seria o responsável por providenciar helicópteros e jatos para retirar Marcola de trás das grades.

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No início deste ano, Fuminho entrou oficialmente no rol dos criminosos mais procurados do país. A Lista de Procurados Nacional, elaborada pelo Ministério da Justiça e da Segurança Pública, reunia acusados de crimes graves ou violentos, envolvimento com organizações criminosas e procurados pela Interpol. Em meados de 2019, policiais federais que atuam na fronteira descobriram que Fuminho havia deixado a Bolívia, onde tem propriedades para a produção de cocaína, e tratavam a prisão do narcotraficante como uma questão de tempo.

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De acordo com investigadores brasileiros, Fuminho, identificado por vezes pelos codinomes Magrelo, Giba, Gerente, Neném e Africano, é apontado como o mandante da execução de dois ex-líderes do PCC, Rogério Jeremias de Simone, conhecido como Gegê do Mangue, e Fabiano Alves de Sousa, o Paca. Depois de serem assassinados com tiros no rosto, ambos foram içados por um helicóptero e tiveram os corpos queimados na região de Fortaleza.

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