PF busca suspeitos de sequestrar familiares de bancários da Caixa
Criminosos vestiam vítimas com coletes contendo explosivos e mandavam fotos por Whatsapp para os funcionários do banco, reivindicando dinheiro
A Polícia Federal deflagrou uma operação em São Paulo na manhã desta sexta-feira para prender uma quadrilha suspeita de praticar crimes de extorsão por meio do sequestro da família de funcionários da Caixa Econômica Federal.
De acordo com a PF, cerca de 70 policiais trabalham para cumprir oito mandados de prisões dos suspeitos e outros nove mandados de busca e apreensão, todos na cidade de São Paulo. Os mandados foram expedidos pela 9ª Vara Federal Criminal da capital.
O inquérito foi aberto em outubro de 2016, depois que familiares do tesoureiro de uma agência do banco, localizada na zona sul da capital, foram sequestrados e mantidos em cárcere privado, no bairro do Grajaú. Familiares do homem foram vestidos com coletes com explosivos para coagir o funcionário a abrir o cofre do banco e entregar o conteúdo.
Os sequestradores usaram o Whatsapp para enviar fotos e se comunicar com a vítima.
Em novembro, um segundo caso envolvendo as mesmas características ocorreu, com cativeiro no mesmo bairro, o que deu à ação policial o nome de Operação Grajaú.
A investigação aponta que a organização é uma ramificação da quadrilha responsável por um terceiro sequestro, ocorrido em outubro de 2015. À época, três suspeitos foram identificados no inquérito policial. Nos três casos, os criminosos utilizaram na ação, além dos coletes com explosivos amarrados às vítimas, pistolas e ao menos quatro fuzis.
Ainda de acordo com a PF, um dos suspeitos que já vinha sendo investigado foi preso em flagrante com outras sete pessoas no domingo passado (25), com um carro blindado e grande quantidade de armamento e munição, supostamente preparados para assaltar uma agência bancária.
Caso sejam localizados e presos, os investigados responderão pelo crime de extorsão mediante sequestro.