Ossos encontrados em escombros de incêndio são de homem adulto
Inicialmente cogitou-se que restos mortais eram de uma criança; IML fará identificação
Por Estadão Conteúdo
Atualizado em 9 Maio 2018, 09h57 - Publicado em 9 Maio 2018, 09h53
O Corpo de Bombeiros encontrou nesta terça-feira (8) nos escombros do Edifício Wilton Paes de Almeida, fragmentos de ossos que, preliminarmente, foram identificados como pertencentes a um homem adulto. As informações sobre a vítima do prédio que incendiou e desabou na terça-feira da semana passada deverão ser complementadas pelo Núcleo de Antropologia do Instituto Médico Legal (IML), que realizará exames de identificação humana.
À tarde, o secretário da Segurança Pública Mágino Alves Barbosa Filho anunciou que ossos foram achados, junto a brinquedos e um anel dourado, e disse que o IML faria os primeiros procedimentos visando a identificar a vítima. Naquele horário, chegou-se a cogitar que os ossos pertenceriam a uma criança, o que acabou não sendo confirmado. “Esses ossos estão muito sujos e estão sendo levados agora para o IML. Lá sofrerão um tratamento para que a gente possa efetivamente afirmar se são ossos de criança ou ossos também de adultos”, afirmou Mágino na ocasião.
A Secretaria da Segurança Pública divulgou nota dizendo que o IML “identificou que os ossos têm características compatíveis com as de um adulto do sexo masculino”. Segundo a pasta, equipes do IML também procurarão por material genético que permita a realização de exames de DNA, cuja viabilidade ainda não foi confirmada.
Nas proximidades de onde os ossos foram localizados, os bombeiros encontraram também brinquedos, além de um anel dourado grosso e ornamental. Barbosa Filho descartou que seja uma aliança. “Foi encontrado também algo que sugere ser os ossos de uma mão. Próximo desses ossos, foi localizado um anel dourado largo, que deve ser um anel de adulto, e não de criança”, disse.
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Até agora, apenas uma vítima do desabamento foi identificada. Ricardo Oliveira Galvão Pinheiro, de 39 anos, tentava ser resgatado quando o prédio desabou. Sete pessoas seguem desaparecidas: Selma Almeida da Silva, de 41 anos, e seus dois filhos gêmeos (Welder e Wender); Artur Hector de Paula, de 46; Francisco Lemos Dantas, de 56; Eva Barbosa Silveira, de 42; e Valmir Souza Santos, de 47.
Sobre as investigações, a SSP disse que, até o momento, 28 pessoas foram ouvidas na sede do 3º Distrito Policial (Campos Elíseos), delegacia que investiga o caso. “Além disso, o DEIC (Departamento de Investigações Criminais, da Polícia Civil) instaurou um inquérito para apurar as associações que cobram aluguéis de moradores de ocupações, que também está em andamento.”
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