Operação no Rio chega ao 4º dia com dois militares do Exército mortos
Um terceiro soldado foi ferido na perna, mas ele não corre risco de vida; até agora 70 suspeitos foram presos
A operação das Forças Armadas nos complexos do Alemão, Penha e Maré, no Rio de Janeiro, chegou ao quarto dia nesta terça-feira com dois membros do Exército mortos. Ao todo, treze pessoas morreram desde o início das ações.
A segunda vítima militar foi confirmada pelo Comando Militar do Leste (CML) na noite de ontem. Trata-se do soldado João Viktor da Silva, de 21 anos, atingido por um tiro na cabeça, no final da tarde, durante confronto no interior do Complexo da Penha.
O primeiro membro do Exército morto no contexto da intervenção federal na segurança pública do Rio, iniciada em fevereiro deste ano, foi o cabo Fabiano de Oliveira Santos. Ele foi ferido no ombro e chegou a ser socorrido, mas não resistiu.
A operação nos três complexos de favelas, que englobam 26 comunidades, resultou, até a manhã desta terça-feira, na prisão de setenta pessoas e a libertação de cinco reféns. Mais de 7.000 pessoas e veículos foram revistados, segundo o CML.
Também foram apreendidas catorze armas (sendo cinco fuzis), além de 1.045 munições, sete carregadores, 554 quilos de maconha, uma moto, um colete a prova de balas e a retirada de duas barricadas.
Um terceiro militar do Exército, o soldado Marcus Vinicius Viana Ribeiro sofreu um ferimento na perna e seu estado inspira cuidados, mas ele não corre risco de vida.
Além dos dois militares, cinco pessoas morreram na operação no conjunto de favelas — segundo o CML, todos suspeitos em confronto nesta segunda-feira.
Mais cedo, outra ação policial terminou com seis suspeitos mortos durante uma troca de tiros na Alameda São Boaventura, em Niterói. Os motoristas tentaram fugir, mas acabaram interceptados em um dos acessos da Ponte Rio-Niterói, onde houve troca de tiros.