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Operação da Polícia do Rio em sete estados combate rede virtual de crimes contra crianças e adolescentes

Ação com o apoio de agentes locais começou depois do ataque a uma pessoa em situação de rua transmitido ao vivo online

Por Lucas Mathias Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 15 abr 2025, 10h39

A Polícia Civil do Rio deflagrou, na manhã desta terça-feira, 15, a Operação Adolescência Segura, para desarticular uma organização criminosa que pratica crimes cibernéticos contra crianças e jovens. Até o momento, dois homens foram presos e dois menores, apreendidos. Ao todo, são cumpridos mandados em sete estados do país, com apoio de agentes locais: São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Goiás e Rio Grande do Sul.

A operação, que cumpre mandados de prisão temporária e busca e apreensão, além da internação provisória de menores infratores, é resultado de uma investigação que vinha monitorando uma rede criminosa “altamente estruturada”, segundo a polícia. Entre os crimes apurados no inquérito, estão tentativa de homicídio, induzimento e instigação ao suicídio, armazenamento e divulgação de pornografia infantil, maus-tratos a animais, apologia ao nazismo e crimes de ódio em geral. 

As investigações foram iniciadas há cerca de dois meses, em 18 de fevereiro deste ano, quando uma pessoa em situação de rua foi atacado com um coquetel molotov, enquanto estava dormindo, e teve 70% do seu corpo queimado. O ataque na ocasião partiu de um adolescente, que atirou contra a vítima dois coquetéis molotov, enquanto o horror era transmitido ao vivo em uma plataforma online, por outro homem que filmava a cena. 

A ação desta terça é realizada com o apoio do CyberLab da Secretaria Nacional de Segurança. Nas últimas semanas, agentes da Delegacia da Criança e dos Adolescente Vítima (DCAV) da Polícia Civil do Rio passaram a monitorar o servidor usado para a transmissão do crime e a cruzar dados. De acordo com a corporação, os administradores da rede compunham uma organização criminosa altamente especializada em diversos crimes cibernéticos tendo como principais alvos crianças e adolescentes.

Tal grupo, inclusive, já havia sido alvo de relatório de duas agências independentes dos Estados Unidos, pelos crimes cometidos no ambiente virtual, o que ajudou no trabalho dos agentes da corporação. Dentre os mecanismos usados pelos criminosos nessas redes, estavam a manipulação psicológica e o aliciamento de vítimas em idade escolar, em um cenário de extremo risco à integridade física e mental de crianças e adolescentes.

Tais grupos, que também costumam incentivar os maus tratos a animais e a automutilação de jovens, por exemplo, costumam ficar hospedados em servidores da rede social Discord, usada principalmente para o bate-papo de jogadores durante partidas de jogos online. A plataforma, no entanto, também tem funcionado como um ambiente obscuro para grupos criminosos como esse, cujos alvos são crianças e adolescentes.

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