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O agrado da Vale ao MST e ao governo Lula no ‘Abril Vermelho’

Empresa doa "de forma voluntária" 33 mil hectares de terras para o Incra fazer a reforma agrária

Por Hugo Marques Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 13 abr 2025, 10h32

Ao longo das últimas três décadas, militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) realizaram  protestos contra a mineradora Vale em vários estados, sob o argumento de que a empresa dispõe de grandes concentrações de terras que poderiam ser usadas para a reforma agrária.

A Vale decidiu fazer um agrado ao MST. A mineradora fechou um acordo de cooperação técnica com o Incra, pelo qual vai doar 138 fazendas, sítios e áreas para o assentamento de famílias na reforma agrária. A área total é de 33 mil hectares, o correspondente a 33 mil campos de futebol. É suficiente para abrigar cerca de 1.000 famílias.

Vale destaca papel de empresa ‘socialmente responsável’ ao doar terras

O agrado da Vale ao MST possui alguns simbolismos. O acordo foi assinado no último dia 2, quando o movimento estava lançando a campanha “Abril Vermelho”, que já contabiliza mais de duas dezenas de invasões, em dez estados.

Todos os anos o MST homenageia os 19 sem-terra mortos em Eldorado do Carajás (PA), em 1996, num conflito com a Polícia Militar do Pará. Na época, os manifestantes protestavam contra a concentração de terras, em especial contra a própria Vale, que na visão do movimento não aceitava a “expansão e territorialização do MST” no estado. O local da tragédia fica próximo da maior área de exploração da mineradora no Pará. A medida também não deixa de ser um agrado ao governo Lula, apoiador e simpatizante do movimento.

Procurada por VEJA, a empresa forneceu detalhes do acordo com o Incra. De acordo com a Vale, a cessão das terras foi feita de “forma voluntária”, “atenta ao papel de empresa socialmente responsável”.  “Essas áreas, que abrangem operações da Vale no Pará, excluem as terras onde há exploração mineral ou destinadas à compensação ambiental”, explica. Segundo a empresa, o Incra vai elaborar os estudos técnicos para a regularização fundiária dos imóveis, que serão destinados ao Programa Nacional de Reforma Agrária.

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