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Ministros e aliados de PSDB e DEM foram a reunião com Temer

Encontro no Alvorada reuniu ministros tucanos, presidentes de PSDB e DEM, senadores e deputados. Temer voltou a criticar delator e fez apelo por reformas

Por Da redação
Atualizado em 30 jul 2020, 20h44 - Publicado em 21 Maio 2017, 23h49

Quatro dias após as primeiras informações da delação do empresário Joesley Batista, o presidente Michel Temer se reuniu na noite deste domingo, no Palácio da Alvorada, com ministros e líderes do governo no Congresso Nacional. O objetivo da reunião, considerada informal por aliados, foi discutir a crise política deflagrada depois que vieram à tona as delações premiadas dos executivos da JBS, que envolvem a gravação de uma conversa entre Temer e Joesley.

Durante o encontro, o presidente voltou a afirmar que não vai renunciar e fez críticas ao seu delator. Em um apelo, pediu para que Congresso não fique paralisado pela crise e mantenha as votações previstas.

Os ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha; da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco; da Fazenda, Henrique Meirelles; da Integração Nacional, Helder Barbalho; e do Trabalho, Ronaldo Nogueira, participaram do encontro.

O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB), chegou ao Alvorada por volta de 20h, assim como o líder do governo no Congresso, André Moura (PSC-SE). Segundo Moura, o fato de o Planalto ter agendado inicialmente um jantar com lideranças partidárias não foi um recuo.

“Trata-se de uma reunião como as demais e que têm ocorrido desde quarta-feira. No momento certo, vamos convocar a base para uma reunião formal”, afirmou, sem informar a data.

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Representantes do primeiro escalão do PSDB também estão no Palácio da Alvorada, apesar de algumas ameaças de que o partido deixaria a base do governo: os ministros Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo), Aloysio Nunes (Itamaraty) e Bruno Araújo (Cidades). O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), novo presidente nacional da legenda, também participa da reunião.

Mais cedo, senadores e deputados tucanos cancelaram um encontro apenas com integrantes da legenda que estava marcado para a tarde deste domingo. As revelações da JBS levaram o senador Aécio Neves (MG) a ser afastado do mandato pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e, mais tarde, da presidência do partido.

Embora o PSB tenha decidido romper com o governo e defender eleições diretas para a Presidência, o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, filiado à legenda, uniu-se a Temer e os demais colegas. De acordo com relato de parlamentares que participam da conversa, o presidente nacional do DEM, o senador José Agripino Maia (RN), também está presente.

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Os líderes do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), e na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), também participaram da reunião, assim como o presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira (PI), a senadora Rose de Freitas (PMDB-ES) e alguns deputados peemedebistas. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que esteve com Temer pela manhã, no Palácio do Jaburu, não foi no Alvorada.

Depois da reunião, André Moura afirmou que “depois de tudo isso que aconteceu, em termo de união da base, o presidente saiu fortalecido. A classe política se uniu em torno do presidente”.

Ele questionou as circunstâncias em que o empresário Joesley Batista gravou a conversa com Temer, e classificou a atitude como muito “grave”. “Se fizeram isso com o presidente, imagina o que não podem fazer com cada um de nós?”, declarou.

(com Agência Brasil e Estadão Conteúdo)

 

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