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Ministro dos Direitos Humanos se reúne com interventor federal

Gustavo Rocha discute nesta quinta, com o general Walter Souza Braga Netto, estratégias para assegurar os direitos da população durante a intervenção

Por Da redação
15 mar 2018, 17h34

O ministro dos Direitos Humanos, Gustavo Rocha, e os conselheiros Dermeval Farias e Marcelo Weitzel se reúnem, na tarde desta quinta-feira (15), com o responsável pela intervenção federal no Rio de Janeiro, General Walter Souza Braga Netto, no Centro de Comando e Controle do Governo do Estado.

O objetivo do encontro é assegurar garantias aos direitos humanos da população carioca durante o período da intervenção. Membros do Observatório de Direitos Humanos da Intervenção Federal na Segurança Pública do Rio (Observa Rio) também participarão da conversa.

O observatório foi criado no fim do mês passado para acompanhar a intervenção e abrir um canal de diálogo com as autoridades federais no Rio. De acordo o Ministério dos Direitos Humanos, o objetivo principal é fazer uma ponte entre a sociedade e o poder público.

No encontro de hoje, realizado um dia após o assassinado da vereadora e relatora de uma comissão na Câmara Municipal que fiscaliza a intervenção, Marielle Franco, as discussões serão entorno de procedimentos e abordagens policiais e os direitos de grupos vulneráveis, como negros. De acordo com o ministro Gustavo Rocha, a intenção é “verificar se os direitos humanos estão sendo respeitados e garantidos nesse processo”.

Assassinato

Na noite de quarta, a vereadora Marielle Franco, do PSOL, foi brutalmente assassinada enquanto voltava de uma roda de conversa com mulheres engajadas na militância negra na Lapa, na região central do Rio. Marielle, sua assessora e o motorista Anderson Pedro Gomes foram surpreendidos com um carro que emparelhou ao lado do veículo onde estavam e efetuou os disparos. Apenas a assessora da parlamentar sobreviveu.

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Dias antes da execução, Marielle havia criticado em sua página no Facebook a ação da polícia na Favela do Acari, na Zona Norte do estado. “O 41° Batalhão da Polícia Militar do Rio de Janeiro está aterrorizando e violentando moradores de Acari. Nessa semana dois jovens foram mortos e jogados em um valão. Hoje a polícia andou pelas ruas ameaçando os moradores. Acontece desde sempre e com a intervenção ficou ainda pior”, escreveu na postagem.

Ativista dos direitos humanos e militante feminista, Marielle já havia se posicionado contra a intervenção no Rio de Janeiro em outras ocasiões.

Seu corpo foi velado na tarde desta quinta na sede da Câmara Municipal do Rio, na Cinelândia, na região central. Entoando gritos de “Marielle, presente”, para registrar que o legado da parlamentar permanecerá, milhares de manifestantes prestaram homenagem a Marielle e Anderson, também velado no mesmo local.

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