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Força Nacional aumenta segurança em terra indígena do Paraná após ataques

Ministério da Justiça pediu aumento de 50% no efetivo da FNSP na região onde quatro pessoas foram feridas a tiros

Por Raquel Carneiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 5 jan 2025, 19h00 - Publicado em 5 jan 2025, 18h46

O efetivo da Força Nacional de Segurança Pública (FNSP) foi reforçado na terra indígena Tekoha Guasu Guavirá, no Paraná, após um atentado deixar quatro indígenas da comunidade Yvy Okaju, do povo Avá-Guarani, feridos a tiros na noite de sexta-feira, 3. Entre os atingidos está uma criança de 4 anos de idade. O  Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) determinou o aumento de 50% no efetivo da região que é próxima à fronteira do Brasil com o Paraguai. “As medidas preventivas estão em curso para evitar a escalada de tensões”, afirmou a pasta. De acordo com a denúncia de movimentos indígenas, sexta-feira marcou a terceira noite seguida de ataques à comunidade.

“Neste período, todas as noites, homens armados invadiram a comunidade, queimaram barracos, dispararam com pistolas, espingardas e rifles e lançaram bombas contra os indígenas”, disseram em seu comunicado as entidades, que também divulgaram imagens dos indígenas machucados. “Várias pessoas ficaram feridas, inclusive crianças, vítimas do tiroteio. Muitas delas buscaram socorro em hospitais, onde acabaram sendo mal atendidas. Aqueles que foram feridos por armas de fogo continuam com as balas nos corpos.”

Segundo o Ministério da Justiça, a situação “permanece sob vigilância contínua” e “com reforços programados para garantir a proteção da comunidade e mitigar novos riscos”. A Superintendência da Polícia Federal do Paraná conduz as investigações para identificar os autores dos disparos. Entidades indígenas acusaram a Força Nacional de terem relativizado as denúncias, por isso, chegaram atrasados ao local após os ataques.

Histórico

As Forças Nacionais já haviam sido convocadas pelo governo para atuar na região em novembro, por 90 dias (até 20 de fevereiro de 2025), após uma série anterior de ataques ocorridos entre julho e setembro. A decisão foi determinada por uma portaria de 21 de novembro do Ministério da Justiça (Portaria 812/2024). O que o Ministério dos Povos Indígenas pede agora é que as equipes enviadas à região sejam ampliadas.

De acordo com a Polícia Federal, os disparos aconteceram por volta das 21h da sexta-feira, e os quatro indígenas feridos foram encaminhados ao hospital. “Forças de segurança pública federais, estaduais e municipais estiveram no local a fim de evitar a ocorrência de novos episódios de violência”, disse a PF em nota. “A Polícia Federal iniciou investigações para apurar a autoria e responsabilidade criminal dos envolvidos e, nesta manhã, (04/01/2025), Peritos Criminais Federais realizaram perícia no local do conflito.”

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O Conselho Indigenista Missionário (Cimi), vinculado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), tem denunciado o acirramento dos conflitos na região, no momento que a comunidade aguarda a conclusão da demarcação da terra Tekoha Guasu Guavirá. De acordo com a entidade, desde 29 de dezembro, o povo Avá-Guarani tem sido alvo de disparos de arma de fogo, lançamento de bombas contra a aldeia, além do ateamento de fogo na vegetação, em plantações e em moradias da terra indígena.

(Com dados da Agência Brasil)

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