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Marina Silva fala em incêndio ‘por ação humana’ no Pantanal

Ministra do Meio Ambiente afirmou que bioma vive 'uma das piores situações já vistas'. Tebet prevê abertura de crédito extraordinário para combate ao fogo

Por Da Redação 24 jun 2024, 20h27

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou nesta segunda-feira, 24, que o país está “diante de uma das piores situações já vistas no Pantanal” por causa dos incêndios e reforçou que as “queimas controladas” para manejo, para pasto ou outro cultivo, estão proibidas até o final do ano.

“Todos aqueles que fizerem o uso do fogo para a renovação de pastagens ou para a atividade qualquer que seja ela estará cometendo um delito”, disse Marina.”É fundamental parar de usar fogo para qualquer coisa. E, nesse período, não tem incêndio por raio. O que está acontecendo é incêndio por ação humana.”

Segundo a ministra, são três as causas dos incêndios, a ação humana, as mudanças climáticas e o efeito prolongado dos fenômenos El Niño e La Niña.

Marina falou com a imprensa junto com Simone Tebet, chefe da pasta do Planejamento, após a reunião da sala de situação montada pelo governo Lula para atuar contra desmatamento, incêndios e seca na Amazônia e no Pantanal. Esta foi a segunda reunião do grupo. O mecanismo da sala de situação foi criado há dez dias e reúne ministérios do governo, coordenados pela Casa Civil.

“Já sabíamos que este ano seria severo”, afirmou Marina. “Em abril, decretamos emergência e contratamos brigadistas. Temos 175 brigadistas do Ibama, quarenta do Instituto Chico Mendes, tem tropas da Marinha, temos 250 pessoas operando no território. Sem falar dos estados. Teremos adicional de cinquenta do Ibama e também da Força Nacional.”

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Recursos

Tebet afirmou que “não faltarão recursos do governo federal” para o combate aos incêndios, “claro que com responsabilidade, analisando caso a caso”.

Na quarta-feira, a Junta de Execução Orçamentária (JEO) deve se reunir e tratar da quantia de recursos necessários para as ações de combate ao fogo, que devem vir de crédito extraordinário.

Segundo Tebet, um grupo de ministros irá à Corumbá, no MS, na sexta-feira. Eles deverão acompanhar as ações de combate aos incêndios, junto com o governo estadual.

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Emergência no MS

Mais cedo, o governo de Mato Grosso do Sul declarou situação de emergência nos municípios que têm sido afetados por incêndios florestais — o estado que abriga boa parte do Pantanal enfrenta o que já é considerado o pior período de seca da história.

O decreto, publicado nesta segunda-feira, 24, vale por 180 dias. Durante o período, fica autorizada a mobilização de todos os órgãos estaduais para atuarem sob a coordenação da Defesa Civil do Estado. As ações incluem resposta ao desastre, reabilitação do cenário e reconstrução.

No último sábado, 22, um vídeo gravado na cidade de Corumbá, perto da divisa com o Paraguai, viralizou na internet. As imagens mostram uma festa de São João na cidade, com enormes chamas ao fundo.

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Seca

A situação de emergência foi decretada em razão de vários fatores, entre eles o período de seca que Mato Grosso do Sul enfrenta, com estiagem prolongada em grande parte do território — o que acarretou em aumento exponencial dos focos de calor, diz o governo. No primeiro dia do inverno, os incêndios no Pantanal bateram recorde histórico.

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