Justiça do Rio determina a prisão do rapper Oruam
Cantor se envolveu em confusão com policiais em sua casa na madrugada desta terça-feira

A Justiça do Rio determinou, na manhã desta terça-feira, 22, a prisão preventiva do rapper Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, o Oruam. Ele é acusado pelos crimes de tráfico de drogas, associação ao tráfico, resistência, desacato, dano, ameaça e lesão corporal. As alegações, de acordo com o Tribunal de Justiça fluminense, têm relação direta com a confusão, nesta madrugada, com policiais na casa do cantor.
Os agentes foram até a casa de Oruam para cumprir um mandado de busca e apreensão contra um menor, acusado por atos infracionais análogos a roubo e tráfico de drogas, que estava na casa do rapper. De acordo com a Polícia Civil, o adolescente seria integrante de uma facção criminosa, um dos maiores ladrões de veículos do estado e segurança pessoal do traficante Edgar Alves de Andrade, o Doca.
Na decisão, a juíza Ana Cristine Scheele Santos, do Plantão Judiciário do TJRJ, afirmou que, “analisando os autos”, a prisão preventiva “se faz pertinente para a garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria e de perigo gerado pelo estado de liberdade do imputado”.

O inquérito aberto depois da abordagem policial na casa de Oruam — localizada Joá, Zona Sul do Rio — indica que o cantor teria incitado a resistência policial ao lado de cerca de oito pessoas. Um amigo do cantor, identificado como Pablo Ricardo, foi preso em flagrante no interior da residência por incitar a violência. As testemunhas relataram que o grupo lançou pedras contra os agentes, lesionando o policial civil Alexandre Alves Ferraz — que aparece ferido nas imagens anexadas aos autos — e danificando uma viatura. A ofensiva permitiu que o adolescente, considerado foragido, escapasse do cerco.
Nas redes sociais, Oruam disse que o delegado que já havia o prendido chegou a colocar uma pistola em sua cara. Depois, disse já estar no Complexo da Penha, Zona Norte do Rio. “Quero ver vocês virem me pegar aqui dentro do Complexo. Aqui vocês peidam. Lá no Joá (onde fica a casa do rapper) vocês vão me envergonhar, mesmo. Agora vão inventar vários bagulhos na internet. Mas o que nós fez? Nós é artista”, afirmou.