Justiça decreta prisão preventiva de acusado da chacina de Maricá (RJ)
João Paulo Firmino, conhecido como Papau, foi denunciado pelo Ministério Público do RJ pelas mortes de cinco jovens em um conjunto habitacional, em março
A Justiça do Rio de Janeiro decretou a prisão preventiva de João Paulo Firmino, suspeito de ser o autor da chacina de cinco jovens em Maricá (RJ), no dia 25 de março, em um conjunto habitacional do programa Minha Casa, Minha Vida. Os jovens Sávio Oliveira, Mateus Bittencourt, Matheus Baraúna, Marco Jhonathan e Patrick da Silva tinham entre 14 e 20 anos e participavam de um projeto social dando aulas para crianças. Eles voltavam de um show do rapper Projeta quando foram executados dentro do condomínio.
Conhecido como Papau, Firmino está preso desde o dia 9 de abril e foi denunciado pelo Ministério Público estadual do Rio na última terça-feira, 5. A decisão da Vara Criminal de Maricá de decretar a prisão preventiva foi tomada nesta quarta-feira, 6, e divulgada hoje, 7.
Na decisão que converteu a prisão temporária em preventiva, a Justiça aponta que há “fortes indícios” da autoria do crime. “A existência do crime está demonstrada pelos fartos elementos probatórios constantes no procedimento apuratório, havendo fortes indícios de que o denunciado tenha sido o autor dos crimes hediondos registrados nesses autos”.
Na denúncia, o MPRJ aponta que houve características de extermínio nas mortes, além de motivo torpe de “disseminação do terror” para “impor os serviços ilegais explorados pelo grupo no condomínio” e uso de meios que dificultaram a defesa das vítimas. Segundo uma testemunha, os jovens foram abordados e o executor mandou que todos deitassem de bruços ou ficassem de joelhos, agrupados. Em seguida, efetuou disparos de arma de fogo na cabeça das vítimas.
Após o crime, Firmino gritou para os moradores entrarem em suas residências, pois “a milícia havia chegado para acabar com a bagunça”. O acusado foi denunciado por homicídio duplamente qualificado, com pena de 12 a 30 anos de prisão.