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João de Deus é denunciado por estupro de vulnerável de seis mulheres

O Ministério Público de Goiás informou que as agressões ocorreram em sala privativa e as vítimas apresentavam vulnerabilidade em relação ao médium

Por Giovanna Romano Atualizado em 28 Maio 2019, 14h56 - Publicado em 28 Maio 2019, 14h05

O Ministério Público de Goiás ofereceu à Justiça mais uma denúncia contra o médium João de Deus, desta vez por estupro de vulnerável de seis vítimas. Segundo a força-tarefa do MP-GO, criada para investigar as acusações, os atos foram praticados em sala privativa de atendimento individual contra mulheres do Distrito Federal, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Paraná. Ele já acumula nove acusações formais da Promotoria.

Outras quatro vítimas do médium, cujos crimes já prescreveram, são testemunhas nesta nova denúncia. Segundo os promotores, as seis mulheres que sofreram as agressões sexuais apresentavam algum tipo de vulnerabilidade e o médium aproveitou-se da sua “situação de superioridade” para praticar os atos. Uma das mulheres era portadora de deficiência visual.

João de Deus foi preso no dia 16 de dezembro do ano passado sob a acusação de violação sexual mediante fraude e de estupro de vulnerável, crimes que teriam sido praticados contra centenas de mulheres na instituição em que recebia pessoas em busca de atendimento espiritual, em Abadiânia (GO). O MP-GO registrou mais de 600 contatos sobre o médium, dos quais mais de 300 podem ser de potenciais vítimas.

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Em março deste ano, cerca de três meses após a prisão, a Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) confirmou a decisão do ministro Nefi Cordeiro de autorizar que o médium deixe a prisão para ser internado no Instituto de Neurologia de Goiânia. Cordeiro atendeu a um pedido da defesa de João de Deus, que tem problemas de pressão arterial e um “aneurisma da aorta abdominal com dissecção e alto risco de ruptura”.

Na decisão, Cordeiro entendeu que todo preso tem direito à dignidade e à saúde. A defesa de João de Deus nega desde a primeira denúncia as acusações de agressões sexuais.

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