Genro de Jefferson é pivô de nova polêmica na fusão do PTB com o Patriota
Grupo alega que que presidente da sigla trabalhista burlou decisão de Alexandre de Moraes e pede ao TSE para barrar a junção dos dois partidos
Um grupo de políticos do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) entrou no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no dia 9 com um pedido de impugnação dos trâmites da fusão da legenda com o Patriota (as duas siglas não atingiram a cláusula de barreira na última eleição). A alegação é que o presidente do PTB, Marcus Vinícius Vasconcellos Ferreira, conhecido como Marcus Vinícius Neskau e genro do ex-deputado Roberto Jefferson, não poderia ter participado da comissão de junção dos dois partidos, no segundo semestre do ano passado, pois estava afastado por determinação do ministro Alexandre de Moraes.
Segundo os opositores, Neskau em momento algum respeitou a decisão do magistrado. “O presidente afastado continuou exercendo o comando da sigla judicial, determinando todas as ações partidárias, especialmente no que se refere à divisão do fundo partidário e do fundo especial de financiamento de campanha (…). O partido não respeita a autoridade do ministro Alexandre de Moraes ao reconhecer o senhor Marcos Vinicius como membro da comissão de fusão partidária, com todos os poderes inerentes ao exercício da presidência, ou seja, como o presidente de fato do partido”, afirma o grupo liderado pelo advogado Gean Paulo Oliveira Prates, presidente da sigla na Bahia.
Diante das acusações, os integrantes que não concordam com a tramitação da fusão pedem que o processo seja suspenso e que Moraes indefira o pedido de registro do Mais Brasil, o nome do novo partido.
Afastamento de Neskau.
A determinação para que o genro de Roberto Jefferson deixasse o comando da legenda partiu do ministro Alexandre de Moraes, em março do ano passado, no âmbito do inquérito das fake news. A alegação foi que a direção do PTB usava recursos do fundo partidário para disseminar notícias falsas e financiar atos antidemocráticos.