Funk detalha massacre em Manaus e ameaça o Estado
A música, com cerca de 2 minutos e meio, se refere à facção Família do Norte, que seria a responsável pela rebelião e pelas mortes
Um funk que circula desde quarta-feira nas redes sociais detalha a rebelião que resultou na morte de 56 presos no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus, no primeiro dia de 2017. A música, com cerca de 2 minutos e meio, se refere à facção Família do Norte (FDN), responsável pela rebelião e pelas mortes.
Com vários erros gramaticais, o funk dá detalhes sobre a motivação dos crimes. “Aqui é o crime organizado. Está tudo monitorado. Fechado aos aliado, representa o nosso Estado. Decretado o poder, a ordem vou te dizer. Foi batido o martelo pra ‘torar’ (matar) os PCC. O comando é um só, tá daquele jeito. Representa FDN, junto é o Comando Vermelho. Pega a visão, é a conexão”.
Em outro trecho, a violência utilizada nas mortes é lembrada. “Tomamo de assalto todo o cadeião. Quem pagou de doido, sentiu o poder da família. O bagulho foi mais doido, batemo igual galinha. Foi troca de tiros, polícia não peitou. A bala comendo solto e a Rotam recuou. Tava tudo dominado, a cadeia em nossa mão. Os preso tudo decapitado, na quadra do cadeião”.
No final, a letra diz que a força da facção do norte está apenas começando. “Vou passando outra visão para o Estado se ligar. Nossa estrutura aqui é forte e jamais vão nos derrubar. Pode anotar, escreve o que eu to falando. A força da FDN só tá começando. Então não desacredita que a guerra só começou. É a Família do Norte botando o maior terror. Nós aqui é pelo certo e não aguenta safadeza. Foi mídia no mundo todo, arrancamo várias cabeças. Um aviso eu vou dar, então fica ligado. Somos da FDN e CV lado a lado”.