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Frente contra a jogatina espera que ‘tragédia das bets’ inviabilize cassinos

Senadores se mobilizam para derrubar definitivamente o projeto que legaliza também os bingos e jogo do bicho

Por Hugo Marques Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 7 dez 2024, 18h57 - Publicado em 7 dez 2024, 18h55

Principal representante da Frente Parlamentar Por Um Brasil Sem Jogos de Azar, o senador Eduardo Girão (Novo-CE) comemorou o adiamento da votação do projeto de lei que legaliza cassinos, bingos e o jogo do bicho no país. O Senado, porém, adiou para o ano que vem a apreciação da proposta no plenário.

Girão tem chamado a atenção dos colegas para o problema  social que, segundo ele, foi provocado depois que as ‘bets” foram legalizadas no país. “A tragédia das bets pode inviabilizar o projeto dos bingos, cassinos e jogo do bicho”, diz ele.  Ele lembra que beneficiários do Bolsa Família gastaram 3 bilhões de reais do benefício em apostas somente no mês de agosto.

A Frente ganhou recentemente o reforço até de parlamentares da bancada do governo, como os senadores Humberto Costa (PT-PE) e a senadora Eliziane Gama (PSD-MA). Os congressistas evangélicos também se posicionaram contra o projeto. Há resistência para a aprovação da jogatina também na oposição .

Fazenda e Planejamento são contra a aprovação do projeto

Os senadores contrários aos jogos receberam notas técnicas dos ministérios do Planejamento e da Fazenda contra a aprovação do projeto. O Planejamento lembrou que o pacote de jogos terá impactos sociais e econômicos negativos na população, principalmente nas faixas de menor renda.

O Ministério da Fazenda elencou  mais alguns problemas . “Os jogos e apostas trazem potenciais externalidades negativas como, por exemplo, a dependência comportamental dos apostadores (transtorno do jogo patológico), uso para lavagem de dinheiro, fraudes e manipulação de resultados”, informou o Ministério da Fazenda.

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Girão tem consultado especialistas para reforçar a posição contra a regularização. Um deles foi o economista Ricardo Gazel, que afirma que os bingos e cassinos não trazem receitas para o país, já que a grande maioria dos apostadores será mesmo de  brasileiros que irão retirar dinheiro de outros setores da economia.

Segundo Gazel, as pesquisas mostram que os 4% da população que se viciam em jogos são responsáveis pela metade do faturamento de bingos e cassinos.

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