Evento do Instituto Marielle Franco promove presença de mulheres negras na política
Ato está marcada para o dia 25 de julho, no Rio, com a presença de parlamentares brasileiras e colombianas, e terá como mote “Nossa força move a América Latina”
O Instituto Marielle Franco realiza, na próxima semana, o 2º Encontro de congressistas e lideranças políticas mulheres negras 2024. Com o mote “Nossa força move a América Latina”, o evento está marcado para o dia 25 de julho e celebra o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha. Estarão presentes lideranças políticas como a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, além de deputadas federais do PT e do PSOL, como Erika Hilton, Talíria Petrone, Reginete Bispo, Carol Dartora, Dandara Tontzini e Daiana Santos.
O intuito é fomentar o enfrentamento à violência política de gênero e raça, além dos desafios à representação política de mulheres negras na América Latina, especialmente considerando a oportunidade de incidência sobre o contexto pré-eleitoral brasileiro. O evento acontece no Museu da História e da Cultura Afro-Brasileira (Muhcab), na região da Gamboa, no Centro do Rio. A entrada será gratuita. No evento, haverá falas de ativistas, congressistas e autoridades do Brasil e da Colômbia, além de roda de samba do grupo Odaraô
A partir das eleições de 2022, o Brasil passou a ter maior representação de mulheres (18%) e pessoas negras (26%) na política. Na visão do instituto, contudo, tal percentual ainda é insuficiente, já que, proporcionalmente, isso não reflete a representatividade desses grupos na população brasileira.
No encontro, também são esperadas as presenças de parlamentares e ativistas colombianas, como Dorina Hernández Palomino, Ana Rogelia Monsalve Álvarez, Astrid Sánchez Montes De Oca, Marelen Castillo Torres e Sandra de las Lajas Torres.
“Os movimentos negros na América Latina tiveram, e seguem tendo, uma grande responsabilidade de mover as estruturas de poder e disputar uma agenda de direitos, justiça e dignidade, particularmente no Brasil e na Colômbia, países com maior porcentagem de população negra no mundo. Porém, ainda são muitos os obstáculos que enfrentamos, muito em função da sub-representação de pessoas negras (em particular mulheres negras) na política”, pontua Lígia Batista, diretora executiva do Instituto Marielle Franco.