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Em busca de sobrevivente, bombeiros mantêm trabalhos manuais

Capitão Marcos Palumbo descartou uso de retroescavadeira pelo menos nas primeiras 48 horas após o desabamento causado por incêndio

Por Da Redação Atualizado em 1 Maio 2018, 18h50 - Publicado em 1 Maio 2018, 16h56

O Corpo de Bombeiros vai aguardar 48 horas para começar a movimentar a estrutura do prédio que desabou durante um incêndio na madrugada desta terça-feira, no centro de São Paulo. Segundo o capitão Marcos Palumbo, porta-voz da corporação, o procedimento é necessário para não colocar em risco a vida de uma única pessoa que é considerada desaparecida.

“Não entraremos em nenhum tipo de remoção com maquinário porque a gente pode ter uma pessoa com vida dentro dos escombros”, disse o capitão, acrescentando que também é necessário aguardar o material esfriar. “É muito difícil que a gente consiga atuar porque se eu removo partes de concreto, mesmo que manualmente, há risco de lajes superiores desabarem em cima dos bombeiros”, explicou.

A estimativa é que os trabalhos de resgate e remoção dos escombros levem uma semana. Palumbo explicou que, por enquanto, será feita a limpeza no entorno do local. “Uma retroescavadeira pode bater lá dentro e afetar as estruturas”, afirmou.

O homem que é considerado desaparecido era resgatado no momento em que um prédio desabou. “Estávamos tentando salvá-lo, mas infelizmente ele veio abaixo junto com o edifício. Foi uma tentativa rápida, habilidosa, por questão de segundos não conseguimos”, disse o coronel do Corpo de Bombeiros, Max Mena.

“Mantemos um fio de esperança, mas ele caiu do nono andar e todo o prédio de 22 andares desabou. Precisaria de um milagre. Mas trabalhamos incessantemente apesar disso. Nosso trabalho é garantir a segurança e continuar no objetivo de encontrá-lo”, disse Palumbo, que disse que ainda não há uma hipótese sobre as causas do incêndio. Segundo ele, a polícia levantará as informações necessárias e a causa será apontada no inquérito.

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O capitão também negou que o Corpo de Bombeiros tenha dado aval à estrutura do prédio e que esta nem é atribuição do órgão. “O Corpo de Bombeiros, quando faz uma vistoria no prédio, checa as condições de segurança contra incêndio. Ali [no prédio] a gente checou que as rotas de fuga estavam obstruídas com lixo e materiais altamente inflamáveis”.

Tragédia

Segundo os Bombeiros, o incêndio teria começado por volta de 1h30. O desabamento ocorreu por volta da 3h, em consequência das chamas. As causas do incêndio ainda são ignoradas, mas as informações iniciais são de que o fogo começou no 5º andar do prédio. Alguns edifícios próximos foram evacuados e toda área está isolada.

Segundo comerciantes do entorno, antes de a construção ruir, algumas pessoas pediam socorro no último andar. As chamas começaram no quinto andar, se alastrando rapidamente para os níveis superiores.

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De acordo com o Corpo de Bombeiros, o prédio já havia passado por vistoria, na qual foram relatadas as péssimas condições do local às autoridades do município. De acordo com a corporação,os compartimentos entre os andares eram divididos por madeira, o que ajudou a propagar as chamas.

 Um edifício vizinho também foi atingido e as chamas se espalharam por dois andares. Ele foi esvaziado e interditado. Segundo o Corpo de Bombeiros, o risco de colapso é mínimo e não há vítimas deste incêndio. O desabamento também atingiu uma das sedes da Igreja Evangélica Luterana de São Paulo. De acordo com o pastor Frederico Carlos, “praticamente sobrou o altar e uma torre”.

 

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