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‘Dr. Bumbum’ trabalhou no Palácio do Planalto e em hospital Militar

Investigado pela morte de uma paciente durante um procedimento estético, Denis Furtado atuou no Planalto durante cerca de 3 meses em 2012, no governo Dilma

Por Estadão Conteúdo 25 jul 2018, 14h02

O médico Denis César Barros Furtado, o “Dr. Bumbum”, trabalhou no Palácio do Planalto durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), em 2012. A passagem pelo Planalto foi rápida, cerca de três meses, mas neste período ele já costumava falar de sua especialidade e oferecer realização de procedimentos estéticos a quem era atendido, o que criou queixas entre pacientes.

O Planalto confirma que Furtado trabalhou na Presidência da República, mas “não integrou o quadro” da Coordenação de Saúde. Durante o período que esteve servindo na sede do governo federal, ainda de acordo com informações obtidas pela reportagem, ele não teria atendido a ex-presidente Dilma ou seus parentes.

A assessoria não informou, no entanto, se chegou a ser instaurada alguma investigação para apurar o comportamento do médico. De acordo com dois servidores, a insistência dele em falar sobre questões estéticas e principalmente em fazer exames mais detalhados nas pacientes causou estranheza.

“Dr. Bumbum” foi preso na quinta-feira da semana passada, dia 19, juntamente com a mãe, Maria de Fátima Barros. Ele é investigado pela morte de uma de suas pacientes, a bancária Lilian Calixto, de 46 anos, após um procedimento estético de preenchimento dos glúteos, realizado no apartamento dele na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio.

Denis Furtado estava trabalhando como médico temporário no Exército, em Brasília, quando foi designado para prestar serviços na Coordenação de Saúde da Presidência da República. Na época, havia carência de médicos para atender os servidores e seus familiares e ele, apesar de ser temporário e não de carreira, foi reforçar o quadro.

Furtado foi designado para trabalhar no pronto-atendimento do serviço médico do Planalto. Ele acabou devolvido ao Exército, sem que houvesse prorrogação do seu prazo de permanência na Presidência.

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Outro caso

Furtado trabalhou também no Hospital Militar de Área de Brasília (HMAB). Por causa de queixas sobre seu comportamento, não teve o contrato prorrogado. Como temporário, ele poderia ter ficado no Exército por pelo menos mais três anos.

Segundo o Centro de Comunicação Social do Exército, Furtado é “ex-militar temporário, ingressou no Exército em 23 de junho de 2008 e foi licenciado por término de prorrogação de tempo de serviço em 31 de agosto de 2013”. Ainda conforme o Exército “a partir daquela data, foram encerrados todos os vínculos com o Exército Brasileiro, passando para reserva não remunerada”.

Quando era do serviço ativo do Exército, o “Dr. Bumbum”, além do Hospital Militar, serviu no Hospital das Forças Armadas e no Posto Médico da Prefeitura Militar de Brasília.

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