Diretora de alunos da Rocinha que perderam vestibular: ‘Não desistiremos’
Mariana Alves fala sobre o desespero de estudantes, que perderam o vestibular, durante a guerra que aprisionou moradores e ceifou vidas na favela da Rocinha
Diretora de um cursinho pré-vestibular que recebe gratuitamente jovens da conflagrada favela da Rocinha, na zona sul do Rio de Janeiro, Mariana Alves, 35 anos, é testemunha do desespero de alunos que perderam, no último domingo (17), a chance de um futuro melhor por causa da violência. No fatídico dia em que o morro carioca virou um campo de guerra entre traficantes de uma mesma quadrilha, estudantes foram impedidos de sair de suas casas e perderam o vestibular.
Em depoimento a VEJA, Mariana fala sobre o clima de terror que tomou conta da comunidade, que apesar de contar com uma Unidade de Polícia Pacificadora, vê bandidos armados circularem livremente à luz do dia. “Acordei com a mensagem de uma aluna apitando em meu celular. Era sucinta, mas dizia tudo: ‘A Rocinha está em guerra. Bandido contra bandido. Estudamos para nada’. Aquela jovem havia se esforçado meses e meses com determinação comovente e, justamente no dia do vestibular, aguardado com tanta ansiedade, o morro explodiu em violência. A saraivada de tiros de fuzil espalhou terror, perfurou carros e casas, ceifou vidas e interrompeu o sonho dos meus estudantes”, conta. Os detalhes do depoimento estão na edição da revista que chegou às bancas nesta semana.
Leia esta reportagem na íntegra assinando o site de VEJA ou compre a edição desta semana para iOS e Android.
Aproveite também: todas as edições de VEJA Digital por 1 mês grátis no Go Read.