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Black das Blacks: VEJA com preço absurdo

Datas: Jards Macalé, Alice e Ellen Kessler

As despedidas que marcaram a semana

Por Redação Atualizado em 21 nov 2025, 12h29 - Publicado em 21 nov 2025, 06h00

A permanente independência artística, na contramão do coro dos contentes, fez de Jards Macalé um personagem avesso a qualquer rótulo e que não cabia em si mesmo. O “maldito”, como o chamavam, o “anjo torto”, era da pá virada, mas apenas na figura pública, como compositor, cantor e ator de cinema — no convívio com os amigos, contudo, era doce e engraçado, de largo vozeirão e sorriso aberto. Ele esteve na criação do Tropicalismo de Caetano, Gil e Tom Zé, um pouco à sombra, mas fundamental nas conversas e nas ideias de arranjos. Em 1971, chamado por Caetano, viajou para Londres, onde o baiano vivia exilado. Ali ajudou a montar uma obra-prima, o disco Transa. O violão dos acordes iniciais de Nine Out of Ten é dele.

Atento a tudo quanto é estilo, o samba, o jazz, a bossa nova e o clássico, fazia da mistura o alimento para canções que colavam na cabeça, de raro lirismo. O álbum inaugural, de 1972, que leva seu nome, tem composições inesquecíveis como Movimento dos Barcos, Hotel das Estrelas e sobretudo Vapor Barato, o hino de uma geração, composto com Waly Salomão, gravada por Gal Costa e que depois renasceria em ruidoso sucesso na trilha sonora do filme Terra Estrangeira, de Walter Salles: “Oh, sim, eu estou tão cansado/ mas não pra dizer/ que eu não acredito mais em você/ com minhas calças vermelhas/meu casaco de general/ cheio de anéis/ Vou descendo por todas as ruas/ e vou tomar aquele velho navio”. Macalé morreu em 17 de novembro, aos 82 anos, em decorrência de um enfisema pulmonar. Chegou a acordar de uma cirurgia cantando Meu Nome É Gal, de Roberto e Erasmo Carlos.

Juntas até o fim

GÊMEAS - Alice e Ellen Kessler: suicídio assistido na Alemanha
GÊMEAS - Alice e Ellen Kessler: suicídio assistido na Alemanha (Arthur Grimm/United Archives/Getty Images)

As gêmeas Alice e Ellen Kessler, nascidas na Alemanha Oriental, ganharam imensa notoriedade, nos anos 1950, ao se apresentarem juntas, em espetáculos de dança e música. As pernas longas e os cabelos penteados, com os dentes sempre à mostra, personificavam a estética das coristas daquele tempo. Começaram a ganhar espaço na França, na Itália e, finalmente, desembarcaram nos Estados Unidos — apareceram diversas vezes no The Ed Sullivan Show, chegaram a ser capa da revista Life e frequentavam os círculos de muitos famosos daquele tempo, como Fred Astaire, Frank Sinatra e Elvis Presley. No ano passado, em entrevista ao diário Corriere della Sera, disseram querer “ir embora juntas, no mesmo dia”. E assim foi — morreram em 18 de novembro, numa clínica nas cercanias de Munique, depois de um procedimento conjunto de suicídio assistido. Tinham 89 anos.

Publicado em VEJA de 21 de novembro de 2025, edição nº 2971

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