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Corregedoria vai investigar selfies de policiais com traficante

Líder do tráfico na Rocinha, Rogério 157 foi fotografado com agentes que efetuaram sua prisão na manhã desta quarta; secretário de Segurança vê "euforia"

Por Agência Brasil Atualizado em 6 dez 2017, 19h08 - Publicado em 6 dez 2017, 15h20

A corregedoria da Polícia Civil do Rio de Janeiro abriu um processo para apurar a divulgação de fotos de policiais civis com o traficante Rogério 157, preso na manhã desta quarta-feira 6. As fotos tiradas pelos policiais com o traficante detido circularam nas redes sociais. Na visão do secretário de Segurança Pública, Roberto Sá, são fruto de “euforia”.

A gente não deve glamourizar criminosos. Ele é mais um dos 4.000 criminosos que as polícias prendem por mês, mesmo com a escassez de recursos. Mas é emblemática, sim, essa prisão. Então, houve uma euforia, uma alegria, que é muito possível pelas fotos que tenha passado do ponto”, disse Sá.

O secretário argumentou que é preciso “compreender a euforia”, mas enfatizou que qualquer tipo de ato que “glamourize” criminosos deve ser reprovado. O chefe da Polícia Civil, Carlos Leba, informou que os policiais envolvidos prestarão esclarecimentos em oitivas.

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“Resolver a vida”

Rogério 157 estava desarmado quando foi preso e ofereceu “resolver a vida” dos policiais civis que efetuaram sua prisão. As informações foram contadas pelo delegado Gabriel Ferrando, da 12ª Delegacia Policial, que comandou a equipe que prendeu o criminoso.

“Ele não chegou a oferecer [suborno], mas, notem, a ousadia foi tanta, que ele chegou a insinuar que a nossa vida estaria resolvida”, disse o delegado, que participou da operação das forças estaduais e federais de segurança. Outras seis pessoas foram presas nas comunidades, e dois menores foram apreendidos.

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Os policiais encontraram o criminoso em uma casa na comunidade e ele tentou se passar por outra pessoa. A Polícia Civil, no entanto, havia destacado policiais que trabalharam na Rocinha e conheciam a fisionomia de Rogério 157, que, segundo as investigações, havia coberto tatuagens e cicatrizes para dificultar o reconhecimento.

O secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Roberto Sá, disse que vai pedir a transferência do criminoso para um presídio federal, com o objetivo de dificultar a comunicação dele com a quadrilha que comanda, facção Amigos dos Amigos (ADA).

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