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Corpos de dois assentados do MST mortos em ataque são velados em Tremembé

Polícia já prendeu um dos acusados e tenta prender os outros encapuzados que teriam participado do atentado

Por Hugo Marques Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 12 jan 2025, 11h32

Os corpos de Valdir do Nascimento de Jesus, de 52 anos de idade, e de Gleison Barbosa de Carvalho, 28 anos, estão sendo velados hoje em Tremembé (SP). Os dois moravam no Assentamento Olga Benário, do MST. Ambos foram assassinados a tiros durante um ataque na noite de sexta-feira. O ataque deixou outras seis pessoas feridas, uma delas em estado grave.

Apontado como um dos responsáveis pelo ataque, Antônio Martins dos Santos Filho, foi preso no sábado e está colaborando com a polícia para identificar os outros homens encapuzados que participaram da ocorrência. O delegado Marcos Parra, da Seccional de Taubaté, informou que testemunhas ajudaram a identificar o autor dos crimes. O delegado disse numa entrevista coletiva que Antônio confessou o crime.

O velório de Gleison e Valdir começou às 8 da manhã de hoje e deve prosseguir até 13 horas. Parentes e amigos prestam homenagem aos dois assentados no Velório Municipal de Tremembé, no centro da cidade. Lideranças do MST também acompanham o velório.

Polícia Federal também investiga o assassinato dos assentados em Tremembé

Além da Polícia Cicil de São Paulo, a Polícia Federal também está investigando o ataque aos assentados em Tremembé. Os ministérios dos Direitos Humanos, Desenvolvimento Agrário e da Justiça publicaram notas de repúdio e de solidariedade às famílias das vítimas em Tremembé.

No sábado, assim que recebeu a notícia sobre o ataque aos assentados, o presidente Lula telefonou para um dos coordenadores nacionais do MST, Gilmar Mauro, para prestar solidariedade e avisar que a Presidência da República vai acompanhar de perto as investigações. Lula deverá visitar o assentamento assim que recebeu autorização dos médicos para viajar de avião.

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O ataque contra os assentados teria como principal motivo a disputa em torno de venda de lotes da reforma agrária. Muitos assentados abandonam suas terras por falta de assistência técnica e recursos e estes lotes são disputados por pequenos agricultores e grileiros.

O governo vem tentando aumentar o número de famílias assentadas, mas não disponibilizou o dinheiro necessário. Na semana passada, o governo publicou portaria permitindo que empresas estatais troquem terras rurais por dívidas com a União, mas não há estimativas do número de hectares que poderão ser entregues e nem o número de famílias que podem ser contempladas.

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