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Confronto de presos ao vivo faz Alcaçuz ter dia de ‘Big Brother’

Com cinegrafistas nas dunas que cercam prisão, GloboNews e imprensa local mantém links com enfrentamento campal de detentos ligados a facções criminosas

Por Da redação
Atualizado em 4 jun 2024, 20h36 - Publicado em 19 jan 2017, 14h07

A Penitenciária de Alcaçuz, em Nísia Floresta, na região metropolitana de Natal, revelou ao país em tempo real como acontece um confronto entre presos. O principal motivo foi a topografia – o presídio, localizado entre dunas, permitiu às equipes de TV ampla captação de imagens dos detentos se enfrentando e possibilitou transmissão ao vivo das hostilidades.

A GloboNews ficou pouco mais de três horas ao vivo mostrando as imagens do confronto campal dentro do presídio. O link ao vivo começou com a entrada no ar do Jornal GloboNews – Edição das 10h, e prosseguiu até pouco depois das 13h, quando passou a dar espaço a outros assuntos.  Um repórter no local e os âncoras no estúdio narravam o passo a passo do enfrentamento entre os detentos – ligados basicamente às facções criminosas Primeiro Comando da Capital (PCC) e Sindicato do Crime do RN – e as reações dos chamados “guariteiros”, os policiais e agentes que fazem a segurança da muralha.

A transmissão do motim chegou ao Jornal Globonews – Edição do Meio-Dia e impediu a veiculação dos programas Cidades e Soluções, previsto para as 12h05, e Milênio (12h30). A exibição ininterrupta do confronto só terminou com o Jornal GloboNews – Edição das 13h, que passou a tratar também de outros temas.

Veículos de comunicação do Rio Grande do Norte também estão disponibilizando link ao vivo do enfrentamento na internet. O Novo Jornal, por exemplo, fez um streaming no Facebook, que tinha 1,3 mil pessoas acompanhando por volta das 13h.

Todas as imagens eram feitas por profissionais localizados nas dunas, mesmo local de onde familiares das vítimas acompanham o desenrolar das hostilidades. O único helicóptero que sobrevoava o local era da Polícia Militar. O uso de drones não é permitido porque presídios são áreas de segurança.

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Durante o “Big Brother” da rebelião, foi possível observar os grupos rivais se provocando, um detento afiando um facção, outros segurando barras de ferros e até um preso ferido sendo socorrido por outro preso em uma maca improvisada.

O presídio permanece amotinado desde sábado, quando 26 presos foram mortos, quinze decapitados. Os detentos estão fora das celas, dividindo o espaço aberto do presídio, com cada facção ocupando uma parte da unidade. Também é possível ver bandeiras das facções fincadas nos telhados dos pavilhões bastante destruídos.

O novo confronto campal entre presos ocorre um dia depois de a Tropa de Choque da Polícia Militar ter entrado na penitenciária com o objetivo de transferir 220 homens ligados ao Sindicato do Crime, alvo do PCC no sábado.

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