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Com orçamento apertado, Crivella só pensa em ‘economizar’

Apesar da ampla aliança partidária que ajudou a eleger o prefeito, ele deve ter dificuldades na Câmara

Por Da Redação
1 jan 2017, 13h40

O prefeito eleito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (PRB), toma posse neste domingo, no Palácio Botafogo, com a ideia de economizar ao máximo até que se tenha pronto o diagnóstico sobre os compromissos assumidos na gestão de seu antecessor, Eduardo Paes (PMDB). De saída, ele cortou de 24 para 12 o número de secretarias do município.

O orçamento previsto para o Rio de Janeiro em 2017 é de 29,5 bilhões de reais, 4,5% menor em relação ao ano passado. Durante o período de transição, Crivella foi criticado por não ter anunciado de maneira mais rápida o seu secretariado.

Para se ter uma ideia, o primeiro nome, do secretário municipal de transportes, foi conhecido oficialmente apenas no dia 15 de dezembro. O cargo ficou com o vice-prefeito Fernando Mac Dowell (PR). A equipe só foi conhecida integralmente no dia 20.

Desafios

Entre os principais desafios de Crivella estão as áreas de saúde, educação e transporte, com problemas que se agravaram em 2016, com a queda de arredação e o desequilíbrio das finanças do municipío.

Em toda a campanha, Crivella disse que a prioridade de seu governo seria “cuidar das pessoas”.  Mas não deve ser uma tarefa fácil, já que ele deve ter dificuldades para aprovar os seus projetos na Câmara Municipal.

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Mesmo com uma ampla aliança partidária que ajudou a elegê-lo, ele terá minoria na Câmara. O PRB elegeu apenas três vereadores. A avaliação é a de que ele tenha uma base dispersa e que precise fazer acordos caso a caso, provocando maior desgaste político.

Fila na saúde

Na saúde, já no início da gestão, Crivella quer promover um mutirão que ajude a diminuir a fila para cirurgias de menor complexidade. O maior desafio do prefeito será justamente fazer com que as consultas e exames sejam feitas e maneira mais rápida.

Na educação municipal, pelo menos 25 mil vagas em creches precisam ser criadas. De acordo com dados do Tribunal de Contas do Município, existe falta de professores em 49% das escolas da rede. Crivella tem a proposta de criar parcerias público-privadas para melhorar o atendimento nas creches e na pré-escola.

No transporte, por meio de “reengenharia financeira”, o governo pretende baixar as tarifas do transporte coletivo, atualmente em 3,80 reais. O secretário da pasta e vice-prefeito da cidade, Fernando Mac Dowell (PR), pretende realizar uma auditoria nos contratos e com isso conseguir um valor até 20% menor para as passagens.

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