Com 5.400 homens, Rio faz maior ação militar desde o início da intervenção
Ação em comunidades da zona norte tem também a participação de policiais militares e civis; um suspeito foi morto pelos militares e seis foram presos
Mais de cinco mil militares das Forças Armadas ocupam as comunidades do Chapadão e da Pedreira, na zona norte do Rio, nesta quinta-feira, 28. É a maior operação do comando conjunto em termos de efetivo mobilizado desde o início da intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro, em fevereiro deste ano. Seis pessoas foram presas e um suspeito morreu.
Os agentes realizam cerco na região e revistam pessoas e veículos. Segundo o comando conjunto, um suspeito morreu “resultante de injusta agressão armada às forças de segurança (em fuga para a área da Praça Seca)”. Dez carregadores de fuzil foram apreendidos, além de dois carros roubados e drogas ainda não contabilizadas. Também foi recuperada uma carga roubada de bebidas importada e oito barricadas feitas por criminosos foram removidas.
A Polícia Militar atua no bloqueio das vias, e a Polícia Civil trabalha na checagem de antecedentes criminais e cumpre mandados judiciais. Ao todo, 5.400 militares das Forças Armadas, 80 policiais militares e 100 policiais civis foram deslocados para a ocupação. O efetivo conta com veículos blindados e helicópteros, que jogaram panfletos pedindo a colaboração dos moradores. Mais de 1,2 milhão de pessoas residem ou trabalham nas duas comunidades e entorno.
Morro dos Macacos
Mais cedo, um sargento da PM foi morto durante uma operação policial realizada no Morro dos Macacos, em Vila Isabel, zona norte do Rio de Janeiro. Segundo a corporação, a vítima é Jason da Costa Pinheiro, lotado na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da comunidade. Ele é o 58º policial militar morto em ações violentas no Estado do Rio neste ano.