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Doria aposta em ‘gestão’ contra problemas de SP

Áreas essenciais, como saúde, educação e transporte vão passar por mudanças

Por Da Redação
1 jan 2017, 16h47

O prefeito eleito de São Paulo, João Doria (PSDB), assume a maior cidade do país neste domingo com a pretensão de dar uma nova cara ao serviço público municipal. Durante toda a campanha eleitoral, vencida em primeiro turno, ele se apresentou como “gestor”, ou alguém capaz de dar uma nova dinâmica para diminuir as carências da cidade em áreas essenciais, como saúde, educação e transporte.

O plano de Metas da cidade deverá ser apresentado obrigatoriamente até o dia 31 de março, conforme prevê uma emenda à lei Orgânica do Município. Doria sinalizou que pode passar a tarefa a uma consultoria terceirizada. Gilberto Kassab e Haddad entregaram integralmente pouco mais de 50% do que foi prometido. Com um plano enxuto, Doria pretende ser mais eficiente e assim tentar corroborar a imagem de um gestor eficiente.

Ao contrário de outras cidades importantes, com dificuldades para pagamentos imediatos, Dória terá um caixa inicial de pelo menos 2 bilhões de reais, deixado pelo seu antecessor Fernando Haddad (PT). O valor é próximo ao que o petista recebeu de Gilberto Kassab (PSD) em 2013.

Se há dez anos Kassab ganhou popularidade com a Lei Cidade Limpa, que passou a vigorar em 2007 e ordenou a publicidade externa na cidade, o pontapé inicial do mandato de Dória vai passar pelo serviço de manutenção e limpeza da cidade, que vai envolver sete secretarias municipais, entre elas as de , Infraestrutura e Obras, Desenvolvimento Social, e Verde e Meio Ambiente.

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A ideia é fazer a manutenção de limpeza, dos jardins, dos monumentos, das calçadas, dos semáforos, da iluminação pública, dos asfaltos e dos bueiros. O primeiro ponto a receber os serviços será a avenida Nove de Julho, a partir das 6h. Os assistentes sociais acompanharão os serviços para o primeiro contato da nova gestão com os moradores de rua. A cada semana, um ponto diferente, entre a Marginal Pinheiros e o Vale do Anhangabaú, será visitado.

Entre as promessas de Dória para o início de mandato está o congelamento da tarifa dos ônibus municipais, que hoje custa 3,80 reais. A ideia é que só haja reajuste a partir de 2018. A decisão, porém, vai custar caro para os cofres da prefeitura, já que o subsídio, que hoje gira em torno de 2 bilhões de reais terá um incremento de mais 1,25 bilhão.

Para diminuir o rombo, Doria quer abrir uma discussão pública para rever algumas gratuidades, como o passe livre aos estudantes e aos idosos entre 60 e 64 anos, que ainda não e aposentaram.

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Outra medida que deverá ser tomada ainda em janeiro e que foi uma das promessas com mais visibilidade durante a sua campanha é o aumento da velocidade nas marginais Pinheiros e Tietê. A ideia sofreu críticas de vários setores da sociedade, mas deverá ser mantida. Porém, a forma com que será feita ainda está sendo finalizada.

Outra promessa para 2017 passa pelo fim da fila das creches, que hoje tem cerca de 130 mil crianças à espera de uma vaga. Na campanha, Dória afirmou que essa meta seria atingida já no seu primeiro ano de mandato, ou seja, até o final de 2017.

Na sua apresentação como novo secretário municipal de Educação, em novembro, Alexandre Schneider foi cauteloso. Ele disse que o objetivo é gerar o maior número de vagas possível, dentro do orçamento disponível. Mas que isso pode acontecer em um ano ou mais.

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