Bolsonaro: cirurgia para desobstrução do intestino termina após 12 horas
Segundo boletim médico, o procedimento foi um sucesso e o ex-presidente está na UTI sem dor e recebendo medidas de suporte clínico

A cirurgia para a desobstrução do intestino do ex-presidente Jair Bolsonaro foi concluída após 12 horas de duração. O político foi submetido a um procedimento de laparotomia exploradora, para “descolar as aderências do órgão”. Bolsonaro já foi submetido a outras seis cirurgias semelhantes para desobstrução intestinal desde que foi esfaqueado, em Juiz de Fora, MG, em 2018.
Segundo boletim médico divulgado pelo hospital DF Star, assinado por uma equipe de cardiologistas, o ex-presidente foi submetido a uma “cirurgia de extensa lise de aderências e construção da parede abdominal. O procedimento de grande porte teve duração de 12 horas, ocorreu sem intercorrências e sem necessidade de transfusão de sangue. A obstrução intestinal era resultante de uma dobra do intestino delgado que dificultava o trânsito intestinal e que foi desfeita durante o procedimento de liberação das aderências. Encontra-se no momento na Unidade de Terapia Intensiva, estável clinicamente, sem dor, recebendo medidas de suporte clínico, nutricional e prevenção de infecções.”
“Cirurgia concluída com sucesso! A Deus, toda honra e toda glória! Estou indo agora para a sala de extubação, onde poderei vê-lo. Em breve, os médicos darão uma coletiva com mais informações. Meu coração transborda de gratidão a cada um de vocês que tem orado, enviado mensagens e intercedido pelo meu amor. Obrigado por estarem conosco nesse momento tão delicado. Seguimos firmes, com fé e esperança”, escreveu a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, completando, na sequência, que o ex-presidente “já está no quarto”, indicando que ele deixou a UTI.

Bolsonaro está internado desde a madrugada deste domingo, 13, em Brasília, no Hospital DF Star, da Rede D’Or. Na tarde de sábado, Bolsonaro deixou o Hospital Rio Grande, em Natal, e foi transferido para a capital federal numa UTI aérea.
A decisão de operá-lo em Brasília partiu da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. A operação deste domingo, confirmada pelo senador Rogério Marinho (PL-RN), é mais uma decorrente da facada durante a campanha de 2018. Médicos afirmam que será uma cirurgia aberta e extensa.
A cirurgia foi feita após novos exames laboratoriais e de imagem “que evidenciaram persistência do quadro de subobstrução intestinal, apesar das medidas iniciais adotadas”. A partir dos resultados, as equipes que o assistem decidiram, de comum acordo, pelo tratamento cirúrgico.

Internado às pressas
Na manhã da última sexta-feira, Bolsonaro foi internado às pressas após sentir fortes dores abdominais durante uma visita a Santa Cruz, no Rio Grande do Norte. Segundo o ex-mandatário, os sintomas são reflexos do atentado a faca que sofreu em 6 de setembro de 2018, ainda deputado federal em campanha eleitoral ao Planalto, em Juiz de Fora (MG).
De acordo com informações da equipe médica, Bolsonaro deu entrada no Hospital Rio Grande às 11h15 de sexta-feira. Após passar por exames, ele foi diagnosticado com uma distensão abdominal por uma condição de semioclusão intestinal e submetido ao tratamento de antibioticoterapia venosa, uma medida preventiva para evitar infecções bacterianas, além da inserção de uma sonda nasogátrica.