Atirador de Suzano morava com os avós; pais eram dependentes químicos
Segundo relato, ele não sofria bullying e há três dias avisou a colegas para 'ficarem espertos'
Por Luiz Felipe Castro
Atualizado em 13 mar 2019, 16h02 - Publicado em 13 mar 2019, 12h45
Guilherme Taucci Monteiro, 17 anos, um dos atiradores do ataque na escola estadual em Suzano (SP) (Reprodução/Facebook)
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1/36 Homenagens em frente à escola Raul Brasil em Suzano (SP) após ataque que deixou dez mortos - 13/03/2019 (Heitor Feitosa/VEJA.com)
2/36 Homenagens em frente à escola Raul Brasil em Suzano (SP) após ataque que deixou dez mortos - 13/03/2019 (Heitor Feitosa/VEJA.com)
3/36 Homenagens em frente à escola Raul Brasil em Suzano (SP) após ataque que deixou dez mortos - 13/03/2019 (Heitor Feitosa/VEJA.com)
4/36 Homenagens em frente à escola Raul Brasil em Suzano (SP) após ataque que deixou dez mortos - 13/03/2019 (Heitor Feitosa/VEJA.com)
5/36 Homenagens em frente à escola Raul Brasil em Suzano (SP) após ataque que deixou dez mortos - 13/03/2019 (Heitor Feitosa/VEJA.com)
6/36 Homenagens em frente à escola Raul Brasil em Suzano (SP) após ataque que deixou dez mortos - 13/03/2019 (Heitor Feitosa/VEJA.com)
7/36 Agentes da perícia chegam a casa de Guilherme Taucci Monteiro, 17, no número 1089 da Alameda Tenente José Bernardino para a investigação - 13/03/2019 (Heitor Feitosa/VEJA.com)
8/36 Viatura da polícia civil é vista em frente a casa de Guilherme Taucci Monteiro, 17, no número 1089 da Alameda Tenente José Bernardino - 13/03/2019 (Heitor Feitosa/VEJA.com)
9/36 Policiais são vistos na área da Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano (SP), após dois jovens entrarem no local e atirarem contra estudantes - 13/03/2019 (Heitor Feitosa/VEJA.com)
10/36 Polícia científica investiga Escola Estadual Raul Brasil em Suzano, cidade na Grande São Paulo após dois adolescentes abrirem fogo contra estudantes - 13/03/2019 (Heitor Feitosa/VEJA.com)
11/36 Concessionária onde os adolescentes roubaram o veículo em Suzano, cidade na Grande São Paulo - 13/02/2019 (Heitor Feitosa/VEJA.com)
12/36 Residência de Luiz Henrique de Castro, 25 anos, na mesma rua que colega Guilherme Taucci Monteiro, 17 (Luiz Castro/VEJA.com)
13/36 Policiais isolam área da Escola Estadual Raul Brasil em Suzano, cidade na Grande São Paulo após dois adolescentes abrirem fogo contra estudantes - 13/03/2019 (Heitor Feitosa/VEJA.com)
14/36 Concessionária onde os adolescentes roubaram o veículo (Heitor Feitosa/VEJA.com)
15/36 Movimentação na frente da Escola Estadual Raul Brasil, de Suzano (SP), após dois jovens entrarem no local e atirarem contra estudantes - 13/03/2019 (Heitor Feitosa/VEJA.com)
16/36 Familiares, alunos e vizinhos fazem oração em frente à Escola Estadual Raul Brasil, horas depois do ataque (Eduardo Gonçalves/VEJA)
17/36 Adolescente ferido em tiroteio na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano (SP), é transferido de ambulância do Hospital Santa Maria para a Santa Casa - 13/03/2019 (Johnny Morais/Futura Press/Folhapress)
18/36 Movimentação de policiais no interior da Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano (SP), após dois jovens entrarem no local e atirarem contra estudantes - 13/03/2019 (Julien Pereira /Fotoarena/Folhapress)
19/36 Movimentação de policiais no interior da Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano (SP), após dois jovens entrarem no local e atirarem contra estudantes - 13/03/2019 (Julien Pereira /Fotoarena/Folhapress)
20/36 Carros da perícia chegam para investigar a Escola Estadual Raul Brasil após o massacre em Suzano, São Paulo - 13/03/2019 (Heitor Feitosa/VEJA.com)
21/36 Movimentação nos arredores da Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano (SP), após dois jovens entrarem no local e atirarem contra estudantes - 13/03/2019 (Amanda Perobelli/Reuters)
22/36 Movimentação na frente da Escola Estadual Raul Brasil, de Suzano (SP), após dois jovens entrarem no local e atirarem contra estudantes - 13/03/2019 (Mauricio Sumiya/Futura Press/Folhapress)
23/36 Movimentação de parentes e familiares na frente da Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano (SP), após dois jovens entrarem no local e atirarem contra estudantes - 13/03/2019 (Amanda Perobelli/Reuters)
24/36 Movimentação na frente da Escola Estadual Raul Brasil, de Suzano (SP), após dois jovens entrarem no local e atirarem contra estudantes - 13/03/2019 (Werther Santana/Protegido: Estadão Conteúdo)
25/36 Policiais são vistos na entrada da Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano (SP), após dois jovens entrarem no local e atirarem contra estudantes - 13/03/2019 (Heitor Feitosa/VEJA.com)
26/36 Policiais fazem patrulha na frente da Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano (SP), após dois jovens entrarem no local e atirarem contra estudantes - 13/03/2019 (Heitor Feitosa/VEJA.com)
27/36 Movimentação na frente da Escola Estadual Raul Brasil, de Suzano (SP), após dois jovens entrarem no local e atirarem contra estudantes - 13/03/2019 (Heitor Feitosa/VEJA.com)
28/36 Policiais fazem patrulha na frente da Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano (SP), após dois jovens entrarem no local e atirarem contra estudantes - 13/03/2019 (Amanda Perobelli/Reuters)
29/36 Movimentação em frente ao portão da Escola Estadual Raul Brasil, após tiroteio no local matar ao menos oito pessoas - 13/03/2019 (Werther Santana/Protegido: Estadão Conteúdo)
30/36 Adolescentes atiram dentro da Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano (SP), e matam 6 pessoas - 13/03/2019 (Mauricio Sumiya/Futura Press/Folhapress)
31/36 Adolescentes atiram dentro da Escola Estadual Raul Brasil, de Suzano (SP), e matam 6 pessoas - 13/03/2019 (Mauricio Sumiya/Futura Press/Folhapress)
32/36 Policiais são vistos na entrada da Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano (SP), após dois jovens entrarem no local e atirarem contra estudantes - 13/03/2019 (Amanda Perobelli/Reuters)
33/36 Policiais são vistos na entrada da Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano (SP), após dois jovens entrarem no local e atirarem contra estudantes - 13/03/2019 (Amanda Perobelli/Reuters)
36/36 Escola Estadual Raul Brasil em Suzano (SP) (Reprodução/Facebook)
Ao menos um dos dois atiradores responsáveis pela morte de seis alunos e duas funcionárias da Escola Estadual Raul Brasil na manhã desta quarta-feira, 13, estudou na unidade em Suzano, na região metropolitana de São Paulo, afirmaram estudantes do colégio.
Segundo relatou a VEJA um grupo de estudantes em frente ao local, um dos rapazes – Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos – ameaçou seus colegas há três dias, em um shopping, e os avisou para “ficarem espertos”. Segundo esse mesmo jovem, que pulou o muro e fugiu no momento dos tiros, o atirador não sofria bullying e publicava fotos com armas nas redes sociais. Em um de seus perfis, o atirador se identificava como “Guilherme Alan” e postou uma foto com máscara e arma antes do ataque.
Em entrevista a VEJA, o avô de Guilherme afirmou que o adolescente sempre morou com ele e com sua avó – que faleceu recentemente – por não ter contato com os pais, que eram dependentes químicos. Segundo ele, Guilherme trabalhou na concessionária de Jorge, seu tio, que foi atingido por um disparo feito pelo próprio sobrinho, e foi demitido do estabelecimento há dois anos. “Era um menino bonzinho, não tinha problemas com drogas e nunca me deu trabalho”, disse o avô, que preferiu não se identificar.
O avô também contou que pagava um tratamento de pele para Guilherme, que tinha vergonha de suas espinhas. O adolescente tem duas irmãs mais novas, que também moravam com o avô.
O outro atirador, que também cometeu suicídio, é Luiz Henrique de Castro, de 25 anos. Segundo Fabrício Tsutsui, advogado da família de Luiz, todos estão em choque com o ocorrido. “A família é formada por idosos e estão todos perplexos”, afirmou Tsutsui. Castro era auxiliar de jardinagem e saiu normalmente para trabalhar nesta manhã. Ele morava com os pais e os avós e não dava qualquer indício de que poderia cometer esse crime.
O tio de Luiz, Américo José Castro, disse a VEJA que o rapaz trabalhava com o pai, em Guaianases. Eles saíram juntos para trabalhar, nesta terça-feira, mas no meio do caminho disse que estava se sentindo mal e voltou. “Era um garoto tranquilo, gostava de jogar com os amigos. Era corintiano, mas ultimamente dizia que torcia para o Barcelona”, afirmou Américo.
“Encontrei o Luiz e o Guilherme ontem mesmo, os cumprimentei normal. Somos amigos há vários anos, íamos na lan house juntos. Eram moleques normais. O Guilherme teve esse problema de espinha, mas não sofria bullying, eu estudei com ele, ele tinha vários amigos. Nunca falou sobre armas”, disse Bruno César, que mora na mesma rua dos atiradores.
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O massacre ocorreu pouco após as 10h, quando os dois atiradores abriram fogo dentro da escola. Ao todo, oito pessoas foram mortas, sendo seis alunos e duas funcionárias. Os dois autores se suicidaram em seguida. O crime aconteceu durante o intervalo entre aulas na escola.
Segundo o governo de São Paulo, 23 pessoas ficaram feridas e foram atendidas em seis unidades de saúde. Com os assassinos foram encontrados uma besta — arma medieval para atirar flechas — garrafas de coquetel molotov e machadinhas. Segundo a coluna Radar, os atiradores deixaram um “artefato suspeito” no local.
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