Assessora de Marielle Franco se jogou de carro após tiros
Fernanda Chaves acompanhava vereadora na leitura de um texto e, após prestar depoimento à polícia, permanece em choque em sua casa
Por Redação
Atualizado em 16 mar 2018, 11h59 - Publicado em 16 mar 2018, 11h07
A vereadora Marielle Franco (PSOL) (Mídia NINJA/.)
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Após a ação que matou a vereadora Marielle Franco (PSOL) e o motorista Anderson Gomes na noite de quarta-feira (14), a assessora da parlamentar se jogou para fora do carro. Segundo relato da colunista Mônica Bergamo, na Folha de S.Paulo, ela acompanhava a vereadora na leitura de um texto que seria enviado a algum jornal.
Fernanda ouviu um estrondo e não viu nada do que acontecia fora do carro quando ocorreram os disparos. Conseguiu apenas tirar a perna do motorista do acelerador e desligar o veículo. Atingida por estilhaços, Fernanda andou agachada no escuro após sair do carro e conseguiu avisar o marido, que chamou pelo socorro.
Naquele momento, ela achava que Marielle e Anderson estavam só desacordados — eles morreram na hora. A assessora foi encontrada trêmula e, depois de liberada pelos médicos, prestou depoimento ainda de madrugada. Em choque, não saiu mais de casa.
1/42 Milhares de pessoas protestam em frente a Alerj contra a morte da vereadora Marielle Franco, no Rio (Ricardo Moraes/Reuters)
2/42 Milhares de pessoas protestam em frente a Alerj contra a morte da vereadora Marielle Franco, no Rio (Ricardo Moraes/Reuters)
3/42 Milhares de pessoas protestam em frente a Alerj contra a morte da vereadora Marielle Franco, no Rio (Pilar Olivares/Reuters)
4/42 Manifestantes protestam pela morte da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, na avenida Paulista, São Paulo - 15/03/2018 (Leonardo Benassatto/Reuters)
5/42 Manifestantes protestam pela morte da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, na avenida Paulista, São Paulo - 15/03/2018 (Leonardo Benassatto/Reuters)
6/42 Manifestantes protestam pela morte da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, na avenida Paulista, São Paulo - 15/03/2018 (Miguel Schincariol/AFP)
7/42 Manifestantes participam de ato ecumênico pela memória da vereadora Marielle Franco, em frente à Câmara de Vereadores de Recife (Marlon Costa/Futura Press/Folhapress)
8/42 O corpo da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes deixa Câmara do Rio sob aplausos e pedidos por justiça (Fernando Frazão/Agência Brasil)
9/42 Manifestante chora durante protesto realizado na Câmara Municipal do Rio, em apoio à Marielle Franco (PSOL), morta a tiros dentro de veículo na região central da capital fluminense - 15/03/2018 (Mauro Pimentel/AFP)
10/42 Manifestante participa de protesto realizado na Câmara Municipal do Rio, em apoio à Marielle Franco (PSOL), morta a tiros dentro de veículo na região central da capital fluminense - 15/03/2018 (Ricardo Moraes/Reuters)
11/42 Manifestantes protestam pela morte da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, na avenida Paulista, São Paulo - 15/03/2018 (Kevin David/A7 Press/Folhapress)
12/42 Manifestante chora durante protesto realizado na Câmara Municipal do Rio, em apoio à Marielle Franco (PSOL), morta a tiros dentro de veículo na região central da capital fluminense - 15/03/2018 (Ricardo Moraes/Reuters)
13/42 Apoiadores da vereadora Marielle Franco participam do velório da parlamentar na Câmara Municipal do Rio de Janeiro - 15/03/2018 (Sergio Moraes/Reuters)
14/42 Apoiadores da vereadora Marielle Franco participam do velório da parlamentar na Câmara Municipal do Rio de Janeiro - 15/03/2018 (Sergio Moraes/Reuters)
15/42 Flores são vistas na escadaria da Câmara Municipal do Rio, durante velório da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), morta a tiros na regiã central da capital carioca - 15/03/2018 (Sergio Moraes/Reuters)
16/42 O deputado federal Marcelo Freixo carrega caixão com o corpo da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) na Câmara Municipal do Rio de Janeiro - 15/03/2018 (Ricardo Moraes/Reuters)
17/42 Apoiadores da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) acompanham chegada de caixão na Câmara Municipal do Rio - 15/03/2018 (Sergio Moraes/Reuters)
18/42 Apoiadores de Marielle Franco (PSOL-RJ) acompanham chegada do corpo da parlamentar na Câmara Municipal do Rio de Janeiro,onde será velada - 15/03/2018 (Sergio Moraes/Reuters)
19/42 Apoiadores de Marielle Franco (PSOL-RJ) acompanham chegada do corpo da parlamentar na Câmara Municipal do Rio de Janeiro,onde será velada - 15/03/2018 (Ricardo Moraes/Reuters)
20/42 Deputados realizam homenagem à Marielle Franco (PSOL-RJ), morta a tiros dentro de veículo - 15/03/2018 (Cleia Viana/Câmara dos Deputados)
21/42 Deputados realizam homenagem à Marielle Franco (PSOL-RJ), morta a tiros dentro de veículo - 15/03/2018 (Cleia Viana/Câmara dos Deputados)
22/42 Deputados realizam homenagem à Marielle Franco (PSOL-RJ), morta a tiros dentro de veículo - 15/03/2018 (Gilmar Félix/Câmara dos Deputados)
23/42 Deputados realizam homenagem à Marielle Franco (PSOL-RJ), morta a tiros dentro de veículo - 15/03/2018 (Cleia Viana/Câmara dos Deputados)
24/42 Cartazes em protesto ao genocídio negro, e a violência contra as mulheres são vistos na frente da Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro (Monica Weinberg/VEJA.com)
25/42 Flores são postas na escada da Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro antes do velório de Marielle Franco (Monica Weinberg/VEJA.com)
26/42 Cartaz de solidariedade ao assassinato de Marielle Franco é visto durante a movimentação em frente à Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro, que antecede o velório da ex-vereadora - 15/03/2018 (Monica Weinberg/VEJA.com)
27/42 Movimentação em frente à Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro antes do velório da vereadora Marielle Franco (Monica Weinberg/VEJA.com)
28/42 Manifestantes protestam em frente à Câmara Municipal do Rio de Janeiro (RJ), após a vereadora Marielle Franco (PSOL) ser assassinada dentro de veículo - 15/03/2018 (Ricardo Moraes/Reuters)
29/42 Manifestantes protestam em frente ao prédio da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, onde será velado o corpo da vereadora Marielle Franco (PSOL), morta a tiros - 15/03/2018 (Wilton Junior/Protegido: Estadão Conteúdo)
30/42 Garoto segura cartaz durante protesto realizado após o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) - 15/03/2018 (Ricardo Moraes/Reuters)
31/42 Manifestantes protestam em frente à Câmara Municipal do Rio de Janeiro (RJ), após a vereadora Marielle Franco (PSOL) ser assassinada dentro de veículo - 15/03/2018 (Ricardo Moraes/Reuters)
32/42 Manifestantes protestam em frente à Câmara Municipal do Rio de Janeiro (RJ), após a vereadora Marielle Franco (PSOL) ser assassinada dentro de veículo - 15/03/2018 (Ricardo Moraes/Reuters)
33/42 Manifestantes protestam em frente à Câmara Municipal do Rio de Janeiro (RJ), após a vereadora Marielle Franco (PSOL) ser assassinada dentro de veículo - 15/03/2018 (Ricardo Moraes/Reuters)
34/42 Faixa de protesto deixada em frente ao prédio da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, onde será velado o corpo da vereadora Marielle Franco (PSOL), morta a tiros - 15/03/2018 (Wilton Junior/Protegido: Estadão Conteúdo)
35/42 Carro onde a vereadora Marielle Franco foi assassinada no Rio de Janeiro (RJ) - 15/03/2018 (//Divulgação)
36/42 Carro onde a vereadora Marielle Franco foi assassinada no Rio de Janeiro (RJ) - 15/03/2018 (//Divulgação)
37/42 Carro onde a vereadora Marielle Franco foi assassinada no Rio de Janeiro (RJ) - 15/03/2018 (//Divulgação)
38/42 Carro onde a vereadora Marielle Franco foi assassinada no Rio de Janeiro (RJ) - 15/03/2018 (//Divulgação)
39/42 Polícia investiga morte da vereadora Marielle Franco, no Rio de Janeiro (RJ) - 15/03/2018 (Ricardo Moraes/Reuters)
40/42 Carro onde a vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) foi executada no Rio de Janeiro - 15/03/2018 (Ricardo Moraes/Reuters)
41/42 Amigos e familiares da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) se consolam após assassinato - 15/03/2018 (Mauro Pimentel/AFP)
42/42 Carro onde a vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) foi executada no Rio de Janeiro - 15/03/2018 (Mauro Pimentel/AFP)
Investigações
A Polícia Civil do Rio de Janeiro trabalha com a hipótese de que a morte de Marielle Franco foi uma execução premeditada, ligada à atividade política da vereadora. O motivo é que, embora os vidros do automóvel de Marielle estivessem cobertos por película escura, os bandidos pareciam saber exatamente onde ela estava sentada — a vereadora não costumava ir atrás. Foi na direção daquele ponto que os disparos foram feitos. A precisão dos tiros também chamou a atenção dos investigadores.
Ativa nas redes sociais, a vereadora costumava postar mensagens de apoio ao movimento negro e aos direitos da mulheres e críticas ao governo de Michel Temer (MDB), à intervenção federal no estado e à atuação da polícia. No último sábado, Marielle protestou contra uma operação da Polícia Militar na Favela de Acari. O 41º Batalhão, criticado por ela em uma postagem, é o que registra os maiores índices de homicídio em decorrência de ação policial na cidade.
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