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Alckmin entrega obra que só vai abrir em 90 dias

Desde o dia 1º de março, o tucano já cumpriu 45 agendas na capital, interior e litoral. Em fevereiro, foram 25

Por Estadão Conteúdo 31 mar 2018, 08h12

A despedida de Geraldo Alckmin (PSDB) do cargo de governador de São Paulo após mais de 13 anos divididos em quatro gestões não consecutivas tem ocorrido num ritmo cada vez mais acelerado. Conhecido por não cumprir promessas de campanha nos prazos estabelecidos, o tucano tem rodado o Estado para entregar o maior número possível de obras até o dia 6, quando renuncia ao mandato para disputar a Presidência.

Levantamento feito pelo jornal O Estado de S. Paulo mostra que Alckmin tem se exposto mais em eventos públicos neste mês. Desde o dia 1º de março, o tucano já cumpriu 45 agendas na capital, interior e litoral. Em fevereiro, foram 25.

Na terça, dia 27, o tucano participou da entrega de dois prédios em Diadema, no ABC paulista. Ele anunciou a finalização das obras da Fábrica de Cultura e da nova unidade da Rede Lucy Montoro, para reabilitação física. Ambos os serviços só começarão a funcionar daqui a pelo menos 90 dias, o que explica o cuidado de sua assessoria em divulgar que não se tratava de inaugurações, mas de entregas.

O clima, no entanto, era de festa de inauguração, com direito a descerramento de placa oficial e de faixa na Fábrica de Cultura. O discurso de Alckmin e de seus aliados também seguiu nesta linha.

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Uma semana antes, no dia 20, Alckmin já havia usado do mesmo expediente para inaugurar o terceiro bloco do Instituto do Coração (Incor), cuja previsão de funcionamento é para maio. O evento contou até com a apresentação da banda dos funcionários e uso, pelo governador, de uma camiseta com os dizeres: “Eu amo o Incor”.

A agenda deste mês ainda incluiu entrega de creche e reforma de estação de trem, além de participação do governador em mutirão de saúde, culto evangélico, cabine de filme e aula para estudantes de medicina.

Em nota, o governo afirmou que as agendas são uma prestação de contas à população e não fogem ao padrão de trabalho de Alckmin.As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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