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Adeus, Tremembé: Robinho pede e é transferido para outro presídio no interior de SP

Ex-jogador passará a cumprir a sua pena por estupro no Centro de Ressocialização de Limeira

Por Isabella Alonso Panho SEGUIR SEGUINDO 17 nov 2025, 16h26 • Atualizado em 17 nov 2025, 16h36

Ex-jogador Robinho e o amigo foram condenados em última instância na Itália por violência sexual em grupo - — O ex-jogador Robinho e um amigo foram condenados em última instância na Itália por violência sexual em grupo (OLIVIER MORIN/AFP)

O ex-jogador de futebol Robson dos Santos, o Robinho, foi transferido nesta segunda-feira, 17, do presídio de Tremembé II — conhecido como “Presídio dos Famosos” –, no Vale do Paraíba paulista, para o Centro de Ressocialização de Limeira, também no interior do estado de São Paulo.

A informação foi confirmada pela Secretaria de Administração Penitenciária (SAP). A transferência aconteceu a pedido da defesa do ex-atleta no seu processo de execução penal, que corre na Justiça paulista, em segredo.

Ele está preso desde março de 2024 por conta de uma condenação a nove anos de prisão que recebeu da Justiça italiana, por participar do estupro coletivo de uma mulher albanesa em uma boate em 2013.

O Centro de Ressocialização de Limeira tem alas tanto para o regime semiaberto quanto para o fechado — por isso, a transferência de Robinho não significa que ele tenha obtido uma progressão de regime. Essa questão se tornou tema da mais recente batalha dele no Supremo Tribunal Federal (STF).

Em novembro, os advogados do ex-atleta entraram com o terceiro habeas corpus dele na Corte, pedindo que seja retirada da condenação de Robinho o status de crime hediondo. Isso permitiria que ele pedisse, no final do ano, uma progressão para o regime semiaberto. Nesse regime, ele teria direito a saidinhas temporárias e a trabalhar durante o dia.

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Como o estupro está expressamente previsto na Lei de Crimes Hediondos, a progressão de regime só é possível quando o condenado cumpre pelo menos dois quintos da pena. Robinho só atingirá esse mínimo no final de 2027.

Esse caso está no gabinete do ministro Luiz Fux, que é o relator das ações de Robinho no STF. Antes dessa última ação, a defesa do ex-atleta impetrou outros dois habeas corpus na Corte, questionando a homologação da sentença italiana na Justiça brasileira, mas não conseguiu reverter a prisão dele.