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A histórica aversão de Lula aos Estados Unidos, segundo documentos do Exército

O presidente da República, quando ainda era sindicalista, participou de protestos em que a bandeira americana foi queimada

Por Hugo Marques Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 3 ago 2025, 11h10

A aversão do atual presidente da República ao “imperialismo norte-americano” não é de hoje. Durante a ditadura, o serviço de inteligência do Exército produziu dezenas de relatórios sobre a atuação política do então sindicalista Luiz Inácio Lula da Silva.

Um destes relatórios confidenciais foi elaborado em 1983, durante o governo do general João Baptista de Figueiredo, e  descreve a participação de Lula no Dia Nacional de Protesto em Santo André (SP), berço do PT. O evento estava sendo monitorado pelo então Centro de Inteligência do Exército (CIE).

Lula e outros sindicalistas, entre eles José Ferreira da Silva, o Frei Chico, irmão mais velho do presidente, discursaram contra o desemprego e o arrocho salarial no governo Figueiredo. Durante a manifestação foi queimada uma bandeira dos Estados Unidos , “em protesto contra a maxidesvalorização imposta pelo FMI”. O não pagamento da dívida externa era então uma bandeira de Lula.

Exército monitorou ‘julgamento’ do Plano Cruzado no qual Lula foi o ‘juiz’

Em 1986, já no governo de José Sarney, a inteligência do Exército monitorou o “Julgamento do Plano Cruzado”, um ato político promovido pela CUT, no qual Lula representou o papel de juiz, o atual presidente do BNDES Aloísio Mercadante foi o “advogado de defesa” e o sindicalista Jair Meneguelli atuou como acusador. Mesmo o Plano Cruzado sendo o “réu”, o “juiz” Lula acabou condenando os Estados Unidos.

Os espiões reproduziram a o inteiro teor da “sentença” de Lula. “No final do ‘julgamento’, Luiz Inácio Lula da Silva apresentou o seguinte veredicto: ‘É condenado o Plano Cruzado’. ‘É condenado o pagamento da dívida externa, que já foi paga com a retirada das riquezas do Brasil por parte dos países capitalistas, tais como Estados Unidos da América, Japão, Alemanha Federal e outros’”.

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Monitoramento do Exército diz que banqueiros riram de Lula

Em 1989, a inteligência do Exército produziu um relatório sobre a conjuntura da época, incluindo uma viagem de Lula aos Estados Unidos já como virtual candidato do PT à Presidência da República — eleição que ele perderia para Fernando Collor de Mello.

O relatório narra detalhadamente o conteúdo dos discursos do petista. Diante de banqueiros em Nova York, diz o documento, Lula foi enfático ao dizer que, se eleito, suspenderia imediatamente o pagamento dos juros da dívida externa. “Não dá para pagar a dívida externa com miséria”, afirmou.

Os espiões descreveram a reação do público. “Em New York, vários empresários e banqueiros americanos abandonaram o recinto durante a fala do líder petista. Alguns preferiram rir das palavras de Lula, enquanto outros demonstravam preocupação diante da dureza do discurso do presidenciável do PT”.

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