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A estatística que pode atrapalhar o sonho de Caiado de ser presidente

Governador conseguiu reduzir a criminalidade, mas com um aumento significativo da taxa de envolvimento de policiais nas mortes

Por Hugo Marques Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 7 dez 2024, 15h49 - Publicado em 7 dez 2024, 11h55

O governador de Goiás Ronaldo Caiado (União) foi o primeiro político a se lançar candidato à Presidência da República para as eleições de 2026. Uma de suas principais bandeiras é a segurança pública, área em que defende a mão pesada do Estado para diminuir a criminalidade.

Desde 2019, quando assumiu o cargo, Caiado vem conseguindo reduzir o número de mortes violentas intencionais — aquelas que somam as vítimas de homicídios dolosos, latrocínios, lesões corporais seguidas de mortes e mortes decorrentes de intervenções policiais.

Segundo as estatísticas, em 2018 foram registradas 2705 mortes, contra 1607 em 2023 — uma redução espetacular. Mas existe um  dado preocupante quando se analisa esses números: a taxa que mede a letalidade das mortes provocadas por policiais também explodiu.

No final de 2018, quando o governador José Eliton Júnior (PSDB) deixou o cargo, a proporção de mortes provocadas por policiais em relação às mortes violentas intencionais era de 12,5%. Já em seu primeiro ano do governo Caiado, a taxa passou para 23,7% — o dobro.

No final do ano passado, a proporção de policiais envolvidos em mortes subiu para 32,2%, a terceira maior do país, perdendo apenas para Amapá (33,7% )e Sergipe (33,3%).

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O que diz o Governo de Goiás

Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, no ano passado 13,8% de todas as mortes violentas no Brasil foram provocadas pela polícia.

VEJA perguntou  à Secretaria de Segurança Pública de Goiás os motivos que levaram ao crescimento da taxa de mortes decorrentes de intervenções policiais e se há algum programa para tentar reduzir essa proporção. A Secretaria de Comunicação do Governo de Goiás enviou a seguinte nota:

“O Governo de Goiás reafirma seu compromisso com a transparência e a responsabilidade na condução da segurança pública. Todos os casos de possíveis desvios de conduta por parte das forças de segurança são rigorosamente investigados pelas corregedorias e órgãos competentes, assegurando a devida apuração e a aplicação das medidas cabíveis.  Destacamos que situações pontuais de condutas inadequadas não comprometem a excelência e a credibilidade das forças de segurança do estado. Atualmente, a segurança pública de Goiás é aprovada por 89% da população, conforme pesquisa AtlasIntel realizada entre julho e agosto deste ano. Esse índice reflete o reconhecimento dos resultados expressivos alcançados pela gestão estadual na redução da criminalidade e na proteção à população”.

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