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A disputa entre bolsonaristas esquenta o segundo turno em Curitiba

A dúvida é em qual palanque o ex-presidente da República vai subir -- se é que ele vai subir em algum

Por Hugo Marques Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 13 out 2024, 09h25 - Publicado em 12 out 2024, 19h23

A jornalista Cristina Graeml, do Partido da Mulher Brasileira (PMB), conseguiu um feito no primeiro turno das eleições municipais. No dia 17 de setembro, ela aparecia com apenas 5% das intenções de votos para a prefeitura de Curitiba, atrás de quatro candidatos. Abertas as urnas, ficou em segundo lugar e vai disputar o segundo turno com Eduardo Pimentel (PSD). Comentarista de política, Cristina obteve 31,17% dos votos, enquanto Pimentel, que foi vice-prefeito nos últimos dois mandatos, ficou com 33,51% dos votos.

Além da arrancada de Cristina, a disputa em Curitiba tem outro ingrediente inédito. Pimentel tem como candidato a vice-prefeito o ex-deputado Paulo Martins, que é filiado ao PL de Bolsonaro.  A jornalista também é ligada ao ex-presidente e se apresenta como candidata da direita e da renovação. Não se sabe ainda de que lado o ex-presidente vai se posicionar — se é que ele vai se posicionar.

Oponente de Cristina tem apoio de Ratinho Jr., que tem alta aprovação

A briga promete ser acirrada  no segundo turno,  já que Pimentel é apoiado pelo governador Ratinho Júnior (PSD) e pelo prefeito Rafael Grecca (PSD). Ratinho Jr. tem uma altíssima aprovação. Levantamento do Paraná Pesquisas em 12 de agosto mostrou que o governador é bem avaliado por 76,8% da população.

Apesar de se declarar bolsonarista, Cristina teve um apoio tímido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no primeiro turno. A solidariedade dele se resumiu a um telefonema. Explícita mesmo foi a participação do ex-coach Pablo Marçal (PRTB), que gravou um vídeo. Marçal disputou a eleição em São Paulo, mas foi eliminado no primeiro turno.

A expectativa em Curitiba é grande. Pelo menos quatro institutos de pesquisa prometem divulgar os primeiros levantamentos nos próximos dias. Oficialmente, a jornalista gastou 6 mil reais na campanha. Pimentel declarou gastos de 10 milhões de reais. O fundo partidário do PMB está bloqueado.

No primeiro turno, Pimentel prometeu ampliar as rede de unidades de saúde na cidade e um auxílio moradia emergencial para mulheres em situação de violência. Cristina fez uma campanha mais lastreada na pregação de cunho ideológico. Os dois candidatos haviam confirmado presença na sabatina promovida por VEJA na última quinta-feira. Cristina cancelou.

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