Flagrante delito: a renúncia do ministro da Saúde do Reino Unido
Matt Hancock atracou-se com uma assessora, Gina Coladangelo, em um canto de seu gabinete devassado por uma câmera de segurança
Só mesmo muita paixão para desencadear a sequência de acontecimentos que levaram o ministro da Saúde do Reino Unido, Matt Hancock, a renunciar em meio a um repique de novos casos de Covid-19. Em plena luz do dia de uma quinta-feira de maio, Hancock, 42 anos, atracou-se com uma assessora, Gina Coladangelo, 43, em um canto de seu gabinete devassado por uma câmera de segurança (“Deve ser o maior idiota do planeta”, bradou um parlamentar). A gravação vazou e o beijo foi parar na capa do tabloide The Sun, levando o ministro a prontamente se desculpar — não por trair a mulher, Martha, com quem estava casado havia quinze anos e tem três filhos, mas por descumprir o distanciamento social imposto por sua pasta. Já fora do governo, ele se separou de Martha, ela deixou o marido milionário e, segundo as sempre prestativas “pessoas próximas”, o casal resolveu assumir o romance. Pelo menos, morando juntos eles podem se beijar sem desobedecer aos protocolos da pandemia.
Publicado em VEJA de 7 de julho de 2021, edição nº 2745