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Gleisi: chance de aliança com PMDB no Paraná é ‘muito grande’

Presidente do PT esteve em Porto Alegre e defendeu avaliação de “realidades regionais” para negociações políticas em 2018

Por Paula Sperb
Atualizado em 4 jun 2024, 19h48 - Publicado em 9 nov 2017, 22h54

A presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), senadora Gleisi Hoffmann, disse em Porto Alegre, na noite desta quinta, que a possibilidade de o PT fazer uma aliança com o PMDB no seu estado, o Paraná, é “muito grande” e defendeu a análise de “realidades regionais”. “No meu estado, o Paraná, o PMDB golpista é o Requião, que não é golpista, que esteve junto com a gente. A possibilidade do PT fazer aliança com o PMDB no Paraná é muito grande e nem por isso vai ser uma aliança com golpista. Porque ele [Requião] não foi golpista. Assim também como a Katia Abreu, que é lá do Tocantins, do PMDB”, disse Gleisi sobre os senadores peemedebistas que foram contra o impeachment de Dilma Rousseff (PT).

Gleisi está na capital gaúcha para participar do evento “O RS e o Brasil que o povo quer” junto com a ex-presidente Dilma Rousseff. Gleisi falou das alianças, mas pediu que a militância, vinda de mais de 50 cidades do Rio Grande do Sul, não considerasse o “tititi” sobre o assunto. “Quando ouvirem esse tititi de aliança com o PMDB e com partido golpista, vocês não levem em consideração isso”, disse Gleisi.

A senadora, porém, defende que o PT faça alianças com partidos de “centro-esquerda”. “Não podemos sair isolados, não desistimos do PCdoB porque lançou a Manuela, nem do PDT porque tem o Ciro. Vamos conversar com esses partidos”, disse. “O PCdoB tem legitimidade para lançar candidato a presidente. A Manuela é uma grande companheira, uma grande mulher. Mas tenho certeza que ali na frente estaremos juntos”, disse Gleisi.

Além disso, a senadora defendeu a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência mesmo com a possível condenação do político em segunda instância. “Mesmo que o TRF4 confirme a sentença do Moro, o Lula será candidato. Não conseguirão impedir. Vou dizer para vocês por que: o registro da candidatura vai ser no dia 13 de agosto, ele pode se registrar mesmo condenado judicialmente [com prazo para embargo e recurso]. Vocês acham que a Justiça brasileira vai ter coragem de tirar o candidato que tem a maior intenção de votos?”, argumentou a presidente do PT.

A plateia pareceu discordar e Gleisi respondeu: “Querem apostar? O Supremo tem vários julgamentos já a respeito de candidatos condenados em segundo grau que tiveram autorização de concorrer a eleições e inclusive ganhando o processo eleitoral. O Supremo não pode rever [decisões anteriores]. Internacionalmente é uma catástrofe para o Brasil [Lula fora da eleição]”, disse a senadora.

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