MBL e CUT disputam Avenida Paulista no dia do julgamento de Lula
Polícia Militar dá prioridade ao grupo anti-PT, que pediu primeiro a utilização da via; central sindical, porém, quer ato com ex-presidente no mesmo local
Uma questão preocupa a Polícia Militar de São Paulo: como vai ser a ocupação da Avenida Paulista no dia 24 de janeiro, quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) terá seu recurso julgado no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), em Porto Alegre. Grupos pró e contra o petista querem fazer manifestações no local.
Pessoas ligadas ao alto escalão da PM informaram a VEJA que o Movimento Brasil Livre (MBL), contrário a Lula, pediu antes autorização para ocupar a via no dia do julgamento – por isso, a polícia tem dado prioridade ao grupo e orientou a Central Única dos Trabalhadores (CUT), que solicitou autorização depois, a ocupar outro espaço para realizar o ato em defesa do petista e, assim, evitar um clima de “arena de guerra” na região.
A CUT, no entanto, não abre mão de fazer na avenida a sua manifestação, que deverá ter a presença do próprio Lula, independente do resultado do julgamento.
Alguns grupos anti-PT, como o NasRuas, estão organizando seus atos para a véspera do julgamento por questões de segurança. Segundo dirigentes do movimento, a polícia afirmou que haveria risco de “derrame de sangue” caso decidissem fazer as manifestações no mesmo dia e local que o PT.