Último Mês: Veja por apenas 4,00/mês
Imagem Blog

Diário da Vacina

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A repórter Laryssa Borges, de VEJA, relata sua participação em uma das mais importantes experiências científicas da atualidade: a busca da vacina contra o coronavírus. Laryssa é voluntária inscrita no programa de testagem do imunizante produzido pelo laboratório Janssen-Cilag, braço farmacêutico da Johnson & Johnson.
Continua após publicidade

O vírus está no ar: o que isso significa?

Estudos científicos sugerem que contaminação por aerossóis pode provocar formas mais graves de Covid-19

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 2 jan 2021, 10h50 - Publicado em 2 jan 2021, 09h46

2 de janeiro, 8h54: Nas celebrações familiares de fim de ano – ainda que com pouquíssimas pessoas na mesma casa por causa da pandemia –, se você passou a noite conversando com seus convidados sem máscara, em um ambiente fechado e com ar condicionado ligado, preste atenção neste post. Novos estudos científicos mostram que a contaminação por partículas suspensas no ar pode indicar formas mais graves de Covid-19. Essas partículas, muito menores que as gotículas de saliva, por exemplo, são chamadas de aerossóis. São tão, tão pequenas que passam por frestas de máscaras mal colocadas e ficam circulando. E é aí que mora o perigo.

Um estudo do Instituto Nacional de Saúde, agência de pesquisa médica dos Estados Unidos e braço do Departamento de Saúde e Serviços Humanos, mostra que formas mais graves de Covid podem estar relacionadas ao caminho que o vírus percorreu até entrar em suas células. A pesquisa foi feita com hamsters, que ficaram expostos ao contágio por três formas diferentes: mucosa, inalação de aerossol e contato com superfícies infectadas. Conclusão: a exposição pela mucosa e pela inalação de aerossol causou quadros respiratórios mais graves e cargas virais mais altas.

No caso do contágio por aerossol, a depender do tamanho das micropartículas que estão no ar, elas podem se depositar na parte superior da garganta, nariz e traqueia (aerossol maior), nas vias aéreas (aerossóis médios) ou diretamente nos alvéolos (aerossol pequeno, de menos de um milionésimo de metro). Isso significa que, enquanto em outros modos de transmissão o vírus chega pelo nariz e atinge os pulmões, no caso dos aerossóis menores o alvo pode ser de imediato as células alveolares. De forma simplificada, o oxigênio inspirado passa dos alvéolos para o sangue, e o gás carbônico passa do sangue para o ar por meio dos alvéolos, fazendo uma troca gasosa. Atingidos pelo novo coronavírus, os alvéolos podem entrar em colapso e, por isso, os casos de Covid-19 podem ser mais severos.

Continua após a publicidade

Como explica o biólogo Leonardo Rovatti, tosse, espirro e uma fala normal podem produzir gotículas a partir de 0,8 milionésimo de metro. Aerossóis tão pequenos, expelidos por uma pessoa contaminada, podem ir direto para os alvéolos. A perda de células alveolares, disse Ali Nouri, da Federação dos Cientistas Americanos, pode causar falência respiratória. O professor Donghyun Rim, que estuda a qualidade do ar em ambientes fechados, resume: em um local fechado, ao conversar com uma pessoa infectada pela Covid-19, em menos de um minuto você já está respirando as partículas espalhadas por ela.

Repare na sua máscara agora e se prepare para tê-la como companheira inseparável por mais este ano.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Veja e Vote.

A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

OFERTA
VEJA E VOTE

Digital Veja e Vote
Digital Veja e Vote

Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

1 Mês por 4,00

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

a partir de 49,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.